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O papa, os jovens e a morte do jornalista Luiz Paulo Horta
  Data/Hora: 11.ago.2013 - 11h 29 - Colunista: Cultura  
 
 
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Fonte: Jornal O Tempo - Acílio Lara Resende - No programa do Jô Soares, na TV Globo, a jornalista Lillian Witte Fibe declarou-se apaixonada pelo papa Francisco. Elogiou-o como intelectual, como pastor, mas principalmente como ser humano. Francisco, na verdade, não disse uma só bobagem ou uma só palavra que merecesse crítica ou censura. Nada, afinal, que não pudesse ser imediatamente aproveitado por qualquer um de nós, independentemente da religião de cada um. Ele falou ao coração humano. Um modelo, sem dúvida, de liderança, no qual o político brasileiro poderia se espelhar.

 

O triste é que ele se foi. Como diz o provérbio, “não há bem que sempre dure ou mal que nunca acabe”. Depois de seis dias de fé ardente, de muita alegria, muitas lições, muita choradeira, muita ordem e muita paz, o papa Francisco se despediu do nosso convívio e, segundo o teólogo Leonardo Boff, “deixou uma aura de benquerença sobre o Rio e o Brasil”. O legado maior – afirmou Boff – foi sua figura de “humilde servidor da fé, despojado de todo aparato, tocando e deixando-se tocar, falando a linguagem dos jovens e as verdades com sinceridade”.

 

Tomara que os proveitosos ensinamentos que aqui deixou repercutam intensamente sobre os jovens do mundo todo, aos quais também se dirigiu, mas, em especial, sobre os milhões de jovens brasileiros que, em número bastante significativo, foram às ruas para exigir um Brasil melhor. Que eles nunca se esqueçam do que disse o papa sobre a política, sem a qual a sociedade humana não sobreviveria:

 

“A política – ensinou – é a forma mais elevada de caridade. Somos animais políticos, no sentido amplo da palavra. Somos todos chamados a uma ação política de construção em nosso povo”. Todavia, depois de dizer isso, nos advertiu: “Todos temos tendência a ser corruptos. Está dentro de nós, temos que lutar contra essa tendência à recomendação, ao jeitinho, a tentar ser o primeiro na lista”. Que cada um de nós, antes de julgar com rigor ou mesmo condenar nossos representantes (que são escolhidos por nós…), procure dar a sua contribuição pessoal.

 

ARTIGOS DE HORTA

Na imprensa escrita, li muitos artigos sobre o papa Francisco. Ouvi e vi inúmeros comentários e programas de rádio e de televisão sobre ele. Como Lillian Witte Fibe, também fiquei deslumbrado com essa monumental e inesquecível figura humana. Mas, com atenção redobrada, li todos os artigos que o jornalista Luiz Paulo Horta publicou no jornal “O Globo” durante os seis dias em que o papa nos visitou.

 

Amante da música (tocava piano), escritor, teólogo, católico fervoroso, além de membro da Academia Brasileira de Letras (ocupante da cadeira 23, pertencente a Machado de Assis), Luiz Paulo, que completaria 70 anos no dia 14 de agosto, morreu seis dias após a despedida do papa. Durante quase 50 anos, foi também jornalista. Dono de texto impecável, trabalhou no “Jornal do Brasil”, para minha felicidade e, por coincidência, quase ao mesmo tempo que eu. Ele, no Rio, eu em Belo Horizonte. No JB, foi crítico de música, articulista e editorialista, mas foi, sobretudo, uma de suas exemplares consciências críticas.

 

“É no presente que se joga a eternidade”. Eis o título do último artigo de Luiz Paulo sobre o papa. Há fases e fases na vida. A de hoje, que me faz revolver o passado, me traz dolorosa sensação de perda – a de não ter convivido mais amiúde com intelectuais que, ao longo de muitos anos, cruzaram o meu caminho. Luiz Paulo é um deles.

 
 

 

 

 
 
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