Com recursos próprios a primeira escola da vila foi construída
O pequeno e procurado Balneário de Ipiranga vem de encontro com uma bela história de coragem e colonização. No ano de 1960 quando o município de São Miguel do Iguaçu ainda pertencia a Foz do Iguaçu, um homem chegou à essas terras vindo de Criciúma –SC, como o local ainda não era colonizado João Carminatti decidiu infiltrar suas raízes no local, viu na região uma grande capacidade de habitação e crescimento.
Procurou a colonizadora Gaúcha, empresa que executava projetos de povoação no oeste do Paraná, e comprou à vista 32 hectares de terra há 800m da vila, como na época não existia contrato de compra e venda a marcação da terra era feita em uma simples caixa de fósforos, método comum utilizado na época. Dos 32 hectares, um foi queimado para o plantio de milho.
Carminatti voltou cheio de sonhos a Santa Catarina para buscar sua família, com seu genro nora e o quarto dos seus cinco filhos, iniciaram ali uma busca de condição de vida. Quando retornou encontro com outro pioneiro, Liberato Civieiro que estava com a mudança pronta nas terras ainda não desmatadas. Mais pra frente descobriu-se que a 2 Km de suas terras vivia outro morador, possivelmente o primeiro a chegar no Balmeário, Tiago Vieira era plantador de arroz e mais um em busca de uma vida melhor.
Logo depois outros familiares de João Carminatti chegaram a comunidade, decidiram então construir uma escola. Contrataram um carpinteiro e com a ajuda de todos os moradores limparam o lugar e construíram a escola, o professor era pago pelo então prefeito Abel Bez Batti, quem os incentivou na construção. A escola foi batizada pelo carpinteiro como “Quebra Já”, por causa do pouco investimento e conhecimento utilizado na construção.
Mais tarde tornou-se Vila Ipiranga, e hoje Balneário Ipiranga. Aos 58 anos podendo se aposentar Carminatti decidiu que teia muito tempo para ocupar seu tempo com trabalho, negou a aposentadoria e questionou poder continuar a desenvolver suas atividades. A vida dura mais com métodos e alimentação do campo, parecem ter favorecido a longevidade de Carminatti, o pioneiro faleceu com 90 anos de idade e uma bonita história.
Com uma vida de luta e sobrevivência, assim com João Carminatti outras pessoas fazem parte da história do Balneário de Ipiranga, entre elas, as famílias de Tiago Vieira, Liberato Civiero, Arcenio Rovaris, Olavio Carminatti, Manoel Figueiredo, Jose Gambá, Valdir Piveta e Família Parodes.
Da redação com fonte de Mário D. Carminatti.