Em importante reunião
realizada hoje pela manhã, 01, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de São
Miguel do Iguaçu, que contou com a presença de lideranças do Bairro Gaúcha e adjacências e Diretores da Cooperativa Lar – ficou
estabelecido a Criação de uma Comissão Permanente com representantes da
comunidade e da Cooperativa Lar para monitorar o problema da poluição, bem
como, uma solução definitiva para o problema.
A reunião começou bastante
tensa, onde os moradores deixaram claro que já não agüentam mais conviver com
esse problema. Domingos, que no dia a dia trabalha como mestre de obra, assim
que os Diretores da Cooperativa demonstraram o que está sendo feito para
amenizar o problema atualmente com o pó oriundo da safra do milho, foi direto. “Reconhecemos
a situação de vocês, mas o nosso problema é muito mais grave – e para nós soluções
paliativas não resolvem mais – o que nós queremos é que hoje aqui vocês nos
digam quando é que vocês vão remover esse depósito do meio de uma área residêncial”.
Em seguida, o jovem
Claudecir, foi enfático, relatando que esse é o pensamento da comunidade e que
vão as últimas conseqüências, recorrendo a Promotoria Pública e a todos os
recursos possíveis para solucionar esse problema.
No final, ficou decidido que
será formada em seguida uma Comissão Permanente para Monitorar e administrar o
problema no momento, tendo em vista que estamos em plena colheita do milho e o
mesmo tem chegado aos secadores com cerca de 30% de umidade.
O vice-presidente da
Cooperativa Lauro Soethe, após descrever a história da Cooperativa Lar não só
em São Miguel, mas também na região, lembrou que toda essa estrutura está
naquele local desde 1973. “Estamos preocupados com o problema, sim – e acreditem,
no dia a dia temos sido fiscalizados pelos órgãos ambientais com todo o rigor – temos
inclusive uma Comissão de Meio Ambiente dentro da empresa. A nossa intenção não
é criar conflito e sim estabelecer parcerias com a comunidade. Hoje, por
exemplo, não podemos simplesmente fechar a unidade e deixar o produtor que
precisa armazenar a sua produção na mão”, explicou Lauro.
Mesmo assim, o que se notou é
que a paciência dos moradores que hoje estão convivendo com esse problema, já
se esgotou. Eles aceitam as medidas paliativas para conter o problema da poluição
em curto prazo – mas deixaram claro que não é mais possível conviver com uma
Estrutura como essa dentro de um bairro residencial.
Estivemos visitando várias
famílias que vivem na região – e todos, absolutamente todos estão indignados
com esta situação. “A situação mais grave é com respeito aos problemas de saúde.
Além do pó, do cheiro de veneno – existe ainda a poluição sonora”, relata
Evelyn.
“Como pode uma empresa desse
tamanho no meio de uma cidade soltando poeira, casca de milho e cheiro de
veneno com soja podre – isso quando não soltam as cinzas das caldeiras”, relata
dona Dhyulia Ramunde.
Mauro, Diretor Comercial da
Cooperativa Lar, diz entender o problema da população e ao lado dos demais
diretores prometeu uma operação de guerra nos próximos dias para minimizar a situação.
“Vamos trabalhar em conjunto no momento, enquanto pensamos numa solução – quem sabe,
definitiva para esse problema – não vamos medir os esforços para criarmos uma
convivência harmoniosa e o mais confortável possível para os moradores”,
afirma.
Estamos de olho e na
sequência prometemos fazer uma série de matérias abordando esse problema...