Hoje pela manhã, desta vez nas dependências do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais, foi realizada uma nova reunião entre os Membros da Comissão
Permanente que representam a Comunidade e os representantes da Diretoria da Cooperativa
Agro-industrial Lar. “Uma semana depois de termos feito a primeira reunião, convidamos
os representantes da Comunidade para fazermos uma avaliação se estão ou não
surtindo efeitos às novas medidas que já foram tomadas”, nos disse Gilberto
Bernardi, representando a Lar.
Novamente, a reunião começou tensa – mas, depois de muito diálogo
entre as partes, terminou prevalecendo a tolerância e o bom senso - com os membros da Comissão admitindo que realmente estamos no meio de uma das maiores safras de milho de todos os
tempos e medidas mais eficazes somente poderão serem tomadas após a safra. “Existem produtores colhendo cerca de 350 sacas por alqueires – onde se
colhia em torno de 250”, nos disse Lula.
E ficou estabelecido um canal aberto de comunicação – onde se
fará um monitoramento diário para verificar os reflexos das ações que estão
sendo tomadas. O jovem Claudecir, por exemplo, no início estava irredutível
exigindo que a Cooperativa fixasse um prazo para deixar o local. Depois de
conversar com os membros da Comissão – terminou concordando com os
demais para aguardar os resultados das ações que a Cooperativa promete fazer.
“Quero que fique bem claro, que não é intolerância nossa. Estou
vendo os esforços de vocês para solucionar o problema – mas para nós que estamos
convivendo diariamente com o barulho e a poluição – presos dentro das nossas próprias casas – já não existe mais bem-estar, o humor já se foi e essa reação é o
reflexo desta situação”, desabafa Marina, pedindo desculpas se foi agressiva
com alguém.
Segundo Gilberto, o interesse maior da Cooperativa é ter uma
convivência harmoniosa com todos os membros da comunidade. “Vamos olvidar todos
os esforços para resolver esse problema. É lógico que não teremos uma solução
imediata – mais estamos fazendo investimentos em novas tecnologias –
contratamos uma empresa de Londrina especializada na área – e assim que acabar
a safra do milho que deverá durar cerca de trinta dias, vamos partir para
instalação de novos equipamentos”, que segundo ele, deverão reduzir drasticamente
os problemas para a próxima safra.
No final, os membros da Comissão concordaram e estabeleceram
um prazo de mais ou menos um ano para que no mínimo 90% do problema estejam resolvidos
– caso contrário, vão usar de todos os meios possíveis para persuadirem as
autoridades competentes a tomarem uma decisão. No próximo dia 05 de agosto
haverá uma nova reunião...
PRODUÇÃO:
Segundo o que nos foi informado, cerca de 40% da produção de
milho produzido no município passam pelos secadores da Cooperativa Agro-industrial
Lar. “Isso representa cerca de 1.100.000 sacas”, explica Lula. Com referência à
soja, o percentual gira em torno de 35%. “Temos no município como associados da
Cooperativa 640 associados. Nossa meta, num futuro próximo é recebermos em
torno de 50% da produção”, acredita.
João Maria Teixeira da Silva