• por Fernando Loch - Seicho-No-Ie do Brasil
Foto: Philppe Arruda - Mundo acelerado, no ritmo das máquinas que não param de produzir. Chegamos
ao limiar de um tempo que não podemos desperdiçar. A necessidade de mudança de
comportamento e padrão de consumo clama silenciosamente no grito da Natureza
que se esvai e mostra-se de modo visível na lavoura perdida pra seca, nas
lavouras ressequidas nos campos e no leito do rio que se foi; surgindo de novo
nas cheias que rompem barreiras, nas ruas alagadas e nos bairros que a enchente
inundou.
É a
hora da escolha, chegou o momento de se comprometer!
A
tecnologia oferece uma oportunidade de devolver para os cofres uma parcela
daquilo que se perdeu na cadeia produtiva e nos postos finais de consumo. Estamos
transformando o lixo em Energia, de modo que prosperam soluções de reutilização
e reuso de tudo que se fartou. Podemos e devemos nos aprimorar na seleta de
nossos resíduos para poder contribuir com esse processo de produção de riqueza.
Muitas
empresas no mercado de luxo já começaram a lançar produtos específicos que
prospectam dos contêineres de resíduos a matéria prima renovável, produzindo
peças de alto valor agregado “catando” restos do lixo... UM LUXO! Agregar Valor
de Sustentabilidade deixou de ser um diferencial de produto para se transformar
em estratégia econômica.
O
comprometimento das pessoas ditas iniciadas no conhecimento científico tem
contribuído para reforçar o engajamento de todos na busca por um modelo de
mercado capaz de incluir todos os setores da sociedade no processo de formação
e distribuição de produtos e renda, e também na oferta de produtos e serviços.
Repensar
todo processo, refazer todos os passos.
Na
contra mão da Evolução, cresce também o subproduto da modernidade; a exclusão,
o despertencimento e a apatia pelo outro. O desejo de democracia desenvolveu-se
como uma desordem moral individualista que rotula produtos, pessoas e
relações com o selo de “descartável”, “não retornável” e nos faz dependentes de
coisas que não precisamos.
Mais
Luxo e menos luxúria.
A
sensualidade do marketing nos chama às compras e cegos pelo desejo pagamos por
coisas que “acreditamos” precisar. No lamento do Funk Ostentação se perde mais
um menino pras drogas e joga-se, de novo, nos Morros a culpa por esta situação.
Porém, fazemos nossas crianças dançarem em frente ao celular para receber um
“click”, apenas curtição. Sem perceber que com isso criamos valores indigestos
que no curso da vida haverão de produzir seus efeitos, depauperando a cidadania
dos jovens e enriquecendo os senhores do crime.
Tentamos
criminalizar nossas crianças sem sentarmos juntos no banco dos réus. Parece-nos
distante a vingança marginal, mas para que um menino atire para sacar seu par
de sapatos, o outro precisa estar vestindo-o. Achamos deplorável o uso do sexo
para pagar as contas, mas para cada “patricinha” de óculos escuros e bolsa de
marca, temos outra menina nua em uma cama dos fundos de uma espelunca qualquer.
É feio olhar o lixo sem ver que luxo, às vezes o fez assim.
Quando
o valor da etiqueta reduz o de toda cadeia de valor, reduzem-se também a
vontade de investir em tecnologia limpa, condições saudáveis de trabalho e
capacitação da mão de obra. Poderíamos consolidar nosso desejo por mudança
passando simplesmente a etiquetar o Valor Verdadeiro que o produto carrega. De
onde veio sua matéria prima, de que forma foi transportada até as fábricas,
como se transformou no que compramos, de que jeito foi conduzida às prateleiras
e até, quem nos chamou para comprá-lo. Onde está sendo vendido e porque está
sendo utilizado.
Menos
Lixo e mais Harmonia.
Aferir
“consciência” às compras pode nos elevar para uma condição humana empática e
mais sincera, faz ainda sermos mais responsáveis uns pelos outros de modo a
agirmos com mais sabedoria na hora do consumir, afinal porque, quem paga a
conta do desperdício somos todos nós. A verdadeira libertação do homem pode,
assim, ser devolvida a ele simplesmente fazendo-o desenvolver suas aptidões e
capacidades em favor uns dos outros. De um para todos.
Do eu
para o EU!
Obrigado
por ler este artigo na tela. Se se fores imprimí-lo, faça-o em “modo econômico
e no verso de uma folha já utilizada.
• Fernando Loch - Arquiteto com MBA em
Gerenciamento de Projetos, realiza palestras/aulas nos Ciclos de Estudos da
Prosperidade promovidos pela Seicho-No-Ie do Brasil, por todo o país. Contato:
(48) 9922-8618 e 3248-5977 ou cicloflorianopolis@gmail.com e
https://www.facebook.com/ciclodeestudosdaprosperidadeflorianopolis
Informações para a imprensa:
Louisiana Waleska Day
MTB/SC 01251 JP
Assessoria de Imprensa
(48) 8406-1761 ou louisianawaleska@hotmail.com