A obra custará cerca de R$
45 milhões.
Parte dos recursos deverá vir do BNDES
O
anteprojeto arquitetônico do Mercado Público Municipal de Foz do Iguaçu, uma antiga
reivindicação dos iguaçuenses, foi concluído esta semana. Para executar as
obras serão necessários recursos estimados em R$ 45 milhões. A previsão é que o
mercado seja inaugurado em 2017, com 120 lojas.
“Esses
recursos terão que ser captados, tendo como opções possíveis o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que dá apoio a vários projetos
que têm caráter de inclusão produtiva, como o mercado de Foz, e ministérios”,
explica Herlon Goelzer de Almeida, da Itaipu Binacional, um dos coordenadores
do grupo de trabalho criado para viabilizar a obra.
Além
da Itaipu, participam da iniciativa a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI)
e a Prefeitura de Foz do Iguaçu. O município cedeu uma área de 10 mil m², na
Avenida José Maria de Brito, na Vila Portes, onde antigamente funcionava o
Departamento Municipal de Serviços e Manutenção (DRM), para a construção do
mercado. A FPTI será responsável pela construção e gestão do espaço.
O
diretor presidente da FPTI, Juan Carlos Sotuyo, diz que a construção do mercado
público é uma contribuição da entidade para o processo de desenvolvimento de
Foz e região. “Essa iniciativa vem ao encontro da nossa missão, que é promover
o desenvolvimento territorial sustentável por meio da educação, ciência, tecnologia,
inovação, cultura e empreendedorismo.”
E
complementa: “Mais do que fomentar atividades comerciais e gastronômicas que
apoiem o desenvolvimento territorial, o mercado público será um local de
convivência, entretenimento e lazer, que reunirá todas as etnias que hoje vivem
em Foz do Iguaçu. Por isso, a nossa proposta é que cada comunidade encontre,
nesse mercado, um pedaço da sua terra, representada pela sua cultura,
gastronomia e pelos seus produtos”.
O
Mercado Público Municipal criará um atrativo importante para a região onde será
implantado o projeto Beira Foz, que prevê um novo zoneamento e a revitalização
da área de 34 quilômetros entre a usina de Itaipu e o Parque Nacional do
Iguaçu.
Pelo
anteprojeto do mercado, estão previstas de 100 a 120 lojas de comércio e
serviços, com foco especial nos hortigranjeiros, permitindo reduzir o número de
“atravessadores” e facilitar a venda direta do produtor ao consumidor. Também
será facilitada a venda de produtos orgânicos, que hoje têm pouco espaço no mercado
convencional.
Outro
carro-chefe do mercado será a gastronomia diversificada de Foz do Iguaçu, onde
vivem mais de 70 etnias. Haverá ainda áreas para convivência e entretenimento
dos moradores e turistas e, também, para ações culturais.
O
secretário municipal de Turismo, Jaime Nascimento, disse que o mercado atende a
um sonho antigo dos iguaçuenses e preenche uma lacuna de Foz do Iguaçu na parte
cultural. “Os mercados municipais servem como atrativos turísticos e o nosso
vai ser um instrumento efetivo para dar maior visibilidade à nossa diversidade
cultural e aumentar a permanência dos visitantes em Foz e região.”
O projeto
O
anteprojeto do Mercado Público Municipal de Foz do Iguaçu foi feito pela
empresa 3C Arquitetura e Urbanismo, contratada pela FPTI a um custo de R$ 200
mil. O próximo passo será desenvolver os projetos executivos e complementares,
que devem ser concluídos num prazo de cinco meses.
O
grupo de trabalho formado em julho deste ano, depois da cessão da área pela
Prefeitura, detalhou a concepção de projetos e o mix de produtos e serviços que
serão oferecidos no local.
Depois
dos projetos prontos, haverá audiências públicas para ouvir a opinião e
sugestões da comunidade. Os debates deverão ocorrer na Câmara de Vereadores, na
Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi) e no Conselho de
Desenvolvimento Econômico (Codefoz).
Paralelamente,
o grupo de trabalho irá atuar para conseguir os recursos para a execução das
obras. Herlon de Almeida lembra que o mercado passará a ser também uma fonte de
recursos quando começarem a ser licitadas as lojas, por meio da permissão de
uso dos espaços. “O potencial é imenso. Já existem muitos interessados”,
afirma.
A
previsão é que as obras comecem em 2015, com entrega prevista para 2017.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão
empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e
ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.