Pouquíssimas vezes sentamos para conversar a respeito de tudo o que nos cerca, a respeito principalmente desta energia maravilhosa que move o Universo e dá vida e movimento a tudo o que está ao nosso redor – e, muito embora não A vemos – Ela existe, é real – e, assim como o ar que respiramos e não o vemos, sem Ela não existe VIDA...
Mesmo assim, se alguém me pedisse para descrevê-la, eu diria: Uma grande mulher que enaltece e enobrece a Instituição Polícia Civil do Estado do Paraná. Um belo exemplo de competência, humildade e elevado espírito social/mental/espiritual. Um ser humano de extrema grandeza, que mesmo exercendo a função que exerce, jamais deixa de lado o amor pela VIDA, o amor pelos princípios sagrados que norteia a sua profissão, o anseio interno e externo de ver uma sociedade infinitamente melhor em todos os aspectos da VIDA.
Uma pessoa equilibrada, centrada no desejo de ser útil, participativa – no desejo de dar o melhor de si em benefício da coletividade, para que todos possam ter melhor qualidade de vida e condições de exercer a sua profissão com dignidade e respeito. Diria que em suas ações diárias, estando ou não no exercício de sua profissão – não há nenhuma remoção dos limites que asseguram a lei e a ordem para agradar as exigências egoístas de quem quer que seja.
Na última vez em que a visitei em seu local de trabalho, no ano passado, junto à Delegacia de Polícia de São Miguel do Iguaçu, entre a assinatura e a leitura de um inquérito ou outro, sua preocupação com tudo o que nos cerca era elevada. Dentro de um ambiente de trabalho impecável, a impressão que se tinha era de que mesmo se tratando de uma Delegacia de Polícia, o que se exalava era um ar de pura magia, um sentimento de paz e harmonia.
No trato com os seus subordinados, independentemente do sexo, cor ou posição social, o retrato do amor e o respeito que devemos ter com todos como nos pregava o Mestre – “um sentimento de compaixão calorosa – carregado principalmente com o anseio de capacitar, crescer, criar, ser nutrido e nutrir, ser educado e educar, ser protegido e proteger, satisfazer as suas necessidades e poder satisfazer a necessidade de outros, tudo em um sistema claro de Lei e Ordem”.
Nosso diálogo mesmo sendo rápido – foi uma espécie de Raios-X, sobre os problemas atuais que afetam e degradam a sociedade contemporânea, com um olhar mais apurado sobre a FAMÍLIA – a respeito de como a sociedade civil organizada poderia ocupar os espaços que hoje se encontram vazios dando margem a que desocupados e transgressores mentais avancem sobre a vitalidade e a inocência da nossa juventude.
Sua preocupação estava focada nas causas e não nos seus efeitos – “se eliminarmos as causas da violência atual, em breve espaço de tempo sobrará recursos para serem investidos na Educação e na Saúde, por exemplo – e num futuro próximo ao invés de vermos os nossos governantes preocupados com a construção de mais e mais presídios, com a preocupação de adquirem mais e mais equipamentos modernos e letais para combater a violência – iremos vê-los preocupado com a inserção social, com a melhoria da qualidade de vida do funcionário público que serve a coletividade, com a melhoria do salário do professor responsável pela educação dos nossos filhos” me dizia ela.
Uma das suas maiores preocupações era em humanizar o sistema carcerário. Lembrava que: muitos que hoje estão encarcerados não só aqui, mas em diversos presídios deste país que cometeram delito num momento de desespero, onde a voz da razão foi sufocada momentaneamente pela emoção – seja por ignorância, ganância ou uso de drogas, não só as ilícitas como também as que são vendidas em qualquer botequim de esquina com rótulos e marcas divulgadas em horário nobre.
“São pessoas que devem pagar pelos seus erros sim – mas dentro de um grau razoável de civilidade para que possam ser reintegrados novamente ao convívio social – muitos são excelentes profissionais que podem – como já existe hoje em alguns lugares, estarem prestando serviço a sua comunidade, seja como pedreiro, carpinteiro ou até mesmo ajudando na limpeza pública”, dissertava ela, ao mesmo tempo em que se preocupava em colocar tudo isso em prática o mais rápido possível.
Acredito que com essa introdução, já dá para visualizar um pouco do seu caráter – o selo e o respeito que ela tem pela sua Instituição – o selo e o respeito que ela tem para com o cargo que exerce. É por essas e outras que a AESCA – Associação Esportiva, Cultural e Ambiental de São Miguel do Iguaçu e o Legislativo Municipal, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher lhe concede o Título de Delegada do Ano
O momento em que Cláudio Rodrigues, presidente do Legislativo Municipal e Hector Enebelo, presidente da AESCA - Associação Esportiva, Cultural e Ambiental de São Miguel do Iguaçu, entregavam o Título de Delegada do Ano, a Dra. Tany do Amarante Razera - Essa Homenagem foi entrega hoje pela manhã na sede do Jornal O Farol, situado na Rua Farroupilha, 49 - Sala 07 - São Miguel do Iguaçu - Paraná
E por que esse Título?
Mesmo com todas essas qualidades que acima citei – e quem quiser conferi-la basta visitar as inúmeras Delegacias por onde ela atuou e falar com os profissionais que sempre estiveram ao seu comando – Dra. Tany, em janeiro deste ano foi transferida da Delegacia de Polícia de São Miguel do Iguaçu, pelo visto, por ordem da cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná.
E por que foi transferida?
Tudo indica que a transferência foi fruto da sua competência, da sua personalidade forte e intransigente de se posicionar ao lado do que acha que é justo e correto.
Todos devem estar lembrados do episódio em que a policial Aline, sua subordinada junto à Delegacia de Polícia de São Miguel e um empresário de Foz do Iguaçu. O empresário, de forma insidiosa e desumana (isso para não usar outros termos ofensivos) insistia em querer levar a policial para fazer sexo com ela – dando a ela como troca, a garantia de que durante o tempo em que o atual Secretário de Segurança estivesse no poder, ela não seria transferida e ninguém iria incomodá-la no seu local de trabalho.
Como as tentativas vinham se sucedendo, a policial Aline, que não a conheço, mas pela sua atitude deve ter por todos o maior respeito e consideração – levou o que estava acontecendo ao conhecimento da Dra. Tany, que sabiamente a orientou para, que se isso voltasse a acontecer, que ela gravasse as investidas do mesmo. O que foi feito, e diante dos fatos, com a autoridade que o cargo lhe compete, o mesmo recebeu voz de prisão e por diversos dias amargou dentro da carceragem da cadeia de São Miguel.
A gravação é nítida que já foi noticiada por diversos órgãos de comunicação – é nítida – e nela podemos ver que o dito cujo empresário trata a policial como um objeto, como algo que ele pudesse pegar e usar como bem lhe provesse. Chega inclusive a tomar a arma da policial, dizendo que só a devolveria depois dela se deitar com ele. E no momento em que dignamente foi lhe dado voz de prisão, sentencia: “vocês podem me prender, mas vão ver o que vai acontecer depois...”
E o que aconteceu?
Em se tratando de uma Secretaria de Segurança Pública, diante de um ato como este de extrema nobreza e civilidade, amor e respeito pela dignidade das pessoas, o que se esperava era um Título de Honra ao Mérito pelo elevado espírito de grandeza e elevação da atividade policial...
Ledo engano – dias depois, Dra. Tany, sobre o pretexto de que a Diretoria da Polícia Civil estava fazendo remanejamentos pontuais, a transferiu para Delegacia da Mulher – Turvo/Candói, o seu marido Edinho que também é agente está em Medianeira. Ou seja, separou o casal, deixando entre um e outro um “abismo de mais ou menos 300 quilômetros de distância... Um crime político, que até pode ser legal, mas infinitamente imoral que deixa a Secretaria de Segurança Pública na maior saia justa...
E o que houve com a policial Aline?
Na última sexta-feira, recebi informações junto à Delegacia de Polícia de São Miguel do Iguaçu de que a mesma foi recolhida e afastada de suas funções para tratamentos psiquiátricos... Esse é o prêmio que ela recebeu pelo seu comportamento límpido e transparente, por se recusar a ir para a cama com um “(...)” que em épocas de eleição é chamado de “empresário” coordenador de campanha...