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Krindges Industrial, há 12 anos em São Miguel do Iguaçu...
  Data/Hora: 1.abr.2015 - 8h 29 - Categoria: São Miguel do Iguaçu  
 
 
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“O tempo passa... deixando uma abertura para aqueles que ousam ultrapassar as barreiras do conhecimento e da evolução. Com muito trabalho e dedicação os objetivos são alcançados.”

 

Na última terça, 30, estive visitando a Krindges Industrial Ltda, uma das mais importantes indústrias do nosso município no ramo têxtil, cujas marcas Guilherme Ludwer, Aicone e Docthos estão presentes em todo o território brasileiro e no MERCOSUL.

 

Antes mesmo de se encontrar com os seus Diretores, uma visualização no painel de entrada e uma constatação que marca a missão da empresa e a sua visão empreendedora: “O tempo passa... deixando uma abertura para aqueles que ousam ultrapassar as barreiras do conhecimento e da evolução. Com muito trabalho e dedicação os objetivos são alcançados.”

 

O motivo da visita foi por que circularam boatos na cidade e na região na semana anterior de que a exemplo do que aconteceu com a Cargill, essa indústria também estaria prestes a deixar a nossa cidade... “Estou apavorada – o comentário no meu local de trabalho hoje era um só...”, me dizia minha uma senhora aflita – isso depois de várias outras pessoas terem me questionado. 

 

De imediato procurei os Diretores da Empresa para conferir na fonte o que estava acontecendo – e para grata surpresa – o que presenciei foram pessoas compromissadas não só com o Progresso e o Desenvolvimento da nossa cidade, como também, preocupadas com um tipo de cultura relacionada ao trabalho que precisa passar por transformações...

 

“Estamos atualmente gerando cerca de 300 empregos e com potencial de venda para empregar mais 200 – mas não encontramos mão de obra qualificada”, me dizia Luiz Krindges, um dos Diretores da Empresa ao lado de Cássia Demarco Stein, que também ocupa cargo na diretoria, para em seguida revelar dados preocupantes com relação a um dos pilares de sustentação toda e qualquer civilização - o AMOR pelo trabalho – a dignidade em ocupar o tempo produzindo e se auto-sustentando...

 

“Dá para imaginar o custo para uma empresa treinar e capacitar um funcionário? Como pode em 12 anos passar pelos arquivos da empresa mais de 2000 funcionários que foram treinados e qualificados e hoje, termos apenas 300 e com centenas de máquinas moderníssimas paradas por falta de mão de obra qualificada?”, me dizia Luiz, para em seguida acrescentar que nos primeiros cinco anos da indústria no município a rotatividade era quase zero.

 

“O que está havendo? Imagine você com uma empresa onde até bem pouco tempo você conseguia produzir cerca de 1500 peças dias e hoje com a mesma estrutura em termos de equipamentos estar produzindo apenas 800?”, questiona – demonstrando que do dia 06 de janeiro a 19 de março de 2015 foram 653 faltas dias por atestados médicos em pouco mais de 60 dias. “Isso que a empresa fornece ginástica laboral, cadeiras ergométricas, rotatividades de funções para eliminar o stress entre outros itens”, complementa Cássia, responsável pela área de Recursos Humanos.   

 

“Como admitir que num curto período como esse nós já tivemos 39 pessoas encostadas pelo INSS – um percentual de 14,5% dos que estão trabalhando atualmente?”, acrescentando ainda que existe um número expressivo que já estão em trabalho de se encostar – e, mesmo sem afirmar, nos mostra que existe algo de errado com relação a essa cultura local com relação ao trabalho.

 

Outro fato interessante que surgiu neste bate papo cordial e informal foi com relação a mão de obra jovem – o aproveitamento desta força de trabalho produtiva e criativa – “quando podíamos utilizar a mão de obra de jovens de 16 a 18 anos de idade – não tínhamos esse problema todo de rotatividade”, me dizia Cássia – esclarecendo que a empresa teve que dispensar esses jovens no final de 2013 a pedido do Ministério Público do Trabalho.

 

“A alegação do Ministério Público do Trabalho é de que costurar com uma agulha era uma profissão de risco – eles podiam furar o dedo”, conta Cássia – e nesse momento eu não me contive e acrescentei: “Mas sair por aí... – aumentando a violência e levando terror e insegurança, pode”...

 

Centenas de máquinas paradas por falta de mão de obra

 

Quanto a este fato, repassei e-mail para o Desembargador Federal do Trabalho do TRT da 1ª região Dr. Enoque Ribeiro dos Santos, que na época em que houve essa proibição na Krindges, era ele que respondia pelo Ministério Público do Trabalho em Foz do Iguaçu.

 

No e-mail, relato sobre a dificuldade de se encontrar mão de obra local e se não poderia ser possível rever esse posicionamento com relação aos jovens de 16 a 18 poderem voltar a trabalhar na empresa – lembrando que não temos registros de nenhum incidente envolvendo os que trabalharam por vários anos na empresa nesta função. Até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. Mas, um fato que me chamou atenção foi à informação de um profissional na área de Direito que defendeu uma empresa de nossa cidade, onde três jovens nesta faixa de idade também foram ameaçados de perderem o seu emprego.

 

Disse-me ele: “O que eu fiz foi pegar os três jovens e o proprietário da empresa e levar lá no Ministério do Trabalho – chegando lá, eu solicitei ao responsável: esses três jovens estão perdendo o seu emprego e eu quero que o senhor me dê por escrito por que a empresa tem que demiti-los. Isso eu não posso fazer”, conta o advogado da empresa, acrescentando que logo em seguida saiu com o cancelamento do auto de infração nas mãos...

 

Não vou dizer que quem me contou essa história foi o advogado Paulo Prestes, por que não pedi a sua autorização, mas foi...

 

O mais importante nisso tudo é constatar que essa empresa continua firme e sólida e pelas afirmações dos seus Diretores, compromissadas com o município de São Miguel do Iguaçu que a recebeu de braços abertos. “Temos um compromisso com um município e a nossa intenção é ampliar a produção, gerar emprego e renda e se integrar cada vez mais com a comunidade”, ressalta Luiz.

 

Fundada em 1997, na cidade de Ampére – a empresa conta hoje com cerca de 1500 funcionários entre a matriz e a filial de São Miguel do Iguaçu, cuja atividade começou em 2003.

 

Atuando no ramo de confeção de roupas masculinas social, casual e sportswear, sua linha de produtos é compostas de calças, camisas, bermudas, ternos e jaquetas, direcionadas ao mercado varejista através de marcas próprias e também Private Label.

 

Conforme dados que podem ser conferidos no site da empresa, a capacidade produtiva é de aproximadamente 300.000 peças por mês, com sucesso reconhecido internacionalmente, em especial pela qualidade de seus produtos. “Cerca de 50% do que produzimos hoje vem diretamente da China – foi uma solução que encontramos para poder enfrentar a concorrência de mercado”, pontifica Luiz, deixando clara a sua esperança de que no futuro esse quadro possa também ser revertido.

 

“Não deixe de mencionar aí que estamos precisando de costureira e passadeiras e que a nossa empresa está firme e forte trabalhando e se preocupando com o futuro desta cidade”,

me disse Cássia – está dado o recado.

 

João Maria Teixeira da Silva

 

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  • Catia Inês Werner
    4/4/2015 10:50
     
     
    Catia Inês Werner

    Os motivos de absenteísmo e rotatividade podem ser explicados cientificamente em Chiavenato e Hobbins, por exemplo. Para tudo há uma explicação. Quanto mais o sujeito puder se manifestar, ser ouvido e valorizado... maior a possibilidade de produzir. Na região já temos empresas que fornecem transporte, alimentação e uniforme de forma praticamente gratuita... e isso já é alguma diferença. Além de prêmio assiduidade. Sem querer, eles acabam puxando pra si essas pessoas. Sobre os jovens, lamentavelmente não estão podendo profissionalizar-se desde cedo, leis que levam ao pior, sem dúvida um dos motivos para a criminalidade juvenil...

 
 

 

 

 
 
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