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“Sinto vergonha de mim”, já dizia Rui Barbosa, o nosso Águia de Haia no Senado Federal, em 1914...
  Data/Hora: 6.nov.2016 - 6h 1 - Categoria: Educação  
 
 
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Por: João Maria Teixeira da Silva

 

Antes mesmo de ler o texto de Márcia Tiburi e Rubens Casara, Ódio à inteligência: sobre o anti-intelectualismo, que me foi compartilhado pela professora Rosana Meneghetti – em resposta ao professor Eric M Duarte, eu escrevi o texto abaixo.

 

Só depois que escrevi a resposta ao professor no face, é que entrei na matéria propriamente dita sobre Ódio à inteligência: sobre o anti-intelectualismo – faço essa ressalva, por que este texto é muito bom por abordar uma realidade atual, onde eles explicam que os preconceitos não são inúteis. Você poderá lê-lo através deste link: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/10/50931/

 

“Eles tem uma função importantíssima na economia psíquica do preconceituoso. Sem os preconceitos, a vida do preconceituoso seria insuportável. Os preconceitos servem na prática para favorecer uns e desfavorecer outros, para confirmar certezas incontrastáveis, manter a ordem e descontextualizar os fenômenos. São parte fundamental dos jogos de dominação e de poder, servem para mistificar, para manipular, mas servem sobretudo para sustentar um ideal falso na pessoa do preconceituoso, ideal acerca de si mesmo, um ideal de “superioridade”, sem o qual os preconceitos seriam eliminados porque perderiam, aí sim, a sua função fundante.”.

 

Vale apena ler esse texto por inteiro. Veja agora o que escrevo ao professor Eri, com o intuito, é claro, de participar e elevar o nível deste debate.

 

Sim, meu caro Professor – Giordano Bruno, que nasceu em Campo de Fiori em Roma, em 1548, frade dominicano com formação em teologia, filósofo e escritor, foi morto pela inquisição por heresia, simplesmente por afirmar que a Terra era redonda. Mas, veja a enorme contribuição que ele deu para a humanidade... E o mais importante, se quisesse poderia ter sido salvo da “santa guilhotina da ignorância” – bastava apenas negar o que havia dito.

 

Já imaginou se ainda estivéssemos sobre aquele velho pensamento que predominava na época, abraçado e defendido pela própria Igreja de que a Terra era plana? Ninguém iria conseguir se aventurar nos mares e cruzar a linha do horizonte e descobrir a América, por exemplo. De um lado poderia ser sido ótimo, pois ainda poderíamos ter por aqui uma civilização que foi dizimada, pisoteada e escravizada sob a batuta de que precisam se converter e obedecer às ordens do Rei... E quem fez isso? Os mesmos – estes mesmos que adornaram para si a educação/mental/espiritual que os nossos professores deixaram de lado nas Escolas...

 

Outro exemplo sublimar que você não citou acima é o exemplo de Cristo, que há mais de 2000 anos já pregava que Vida é Consciência, Consciência é Vida – ou seja, onde existe Vida, existe Consciência e onde existe Consciência, existe Vida. Esse sim foi o maior Professor de todos os tempos, antes dele tivemos Sócrates, Platão e tantos outros – e todos, absolutamente todos, pregavam essa necessidade de evolução. A necessidade de conhecermos a Fonte do nosso próprio SER... Eu me pergunto: Por que a Escola abandonou esse tema e deixou nas mãos desses falsos profetas? O que esperar de um jovem que sai de um segundo grau, por exemplo, não sabendo da onde veio, qual a sua missão e como se preparar para onde de fato deve ir?

 

 E como se faz isso? Eis a questão – e com a palavra os nossos PROFESSORES, até porque, são eles que passam grande parte do período fértil dos nossos jovens, ensinando, lapidando, orientando, retransmitindo conhecimento e os preparando para a jornada da VIDA, é claro, com CONSCIÊNCIA e DECÊNCIA...Você poderia me dizer e a Família, os pais, qual o papel deles neste TRABALHO purificador de encaminhar os nossos jovens. Sim, grande parte da educação vem de berço – mas não podemos esquecer que: esses pais e essas mães que aí estão, são frutos desta EDUCAÇÃO, QUE AÍ ESTÁ...

 

Voltando aos exemplos, vamos se fixar na nossa Terrinha amada, idolatrada e venerada por essa legião de corruptos que há 500 anos vem comandando o espetáculo legislativo e executivo para lembrarmos aquele homem franzino, 48 quilos, 1,58 cm de altura, que sempre adorou a madrugada e um dos seus maiores orgulhos foi sempre se levantar cedo muito antes do sol nascer e fazia do trabalho a sua oração diária – e fazia da oração diária, a complementação do seu trabalho e que num debate da ONU ficou conhecido como o nosso Águia de Haia...

 

Como admitir que num país que precisa evoluir em todos os sentidos, não se fala desse homem nas escolas pelo menos umas 500 vezes ao ano? O que ele pregava? O que ele dizia? Seus ensinamentos, assim como os de Cristo que nos servem de baliza, orientação e VIDA – suas pregações são o remédio, o bálsamo purificador para removermos essa montanha de lixo que tomou conta da República tanto a nível municipal, estadual e federal, salvo raras exceções...

 

Veja o que ele já dizia no Senado da República, em 17 de dezembro de 1914...

 

Sinto vergonha de mim... por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por ter compactuado com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.

 

Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominávelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade”, em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

 

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro.

 

Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer...

 

Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira pra enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

 

Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!

 

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.  

 

 

 
 

 

 

 
 
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