No último dia 24 de fevereiro, o cidadão André Luiz Ghedin, residente no Distrito de São Jorge, protocolou junto ao Ministério Público, uma solicitação pedindo providências com relação à aplicação de defensivos agrícolas no perímetro urbano, mais precisamente na área destinada ao recém criado Parque Industrial do Distrito
“Meus problemas de saúde se agravaram nos últimos dias. Passei mal por diversas vezes e tive que me consultar devido ao forte cheiro destes defensivos agrícolas que o proprietário tem usado nesta lavoura”, reclama André, que anexo à reclamação apresenta um abaixo assinado com 32 assinaturas dos proprietários que moram ao entorno desta área.
Sua indignação, segundo ele, é muito mais contra o município. “Disseram que iriam trazer diversas empresas, gerar emprego e o que estamos vendo, por enquanto, é que estão gerando transtornos para nós. O cheiro forte do veneno que é usado na plantação, principalmente quando é aplicado com o vento na nossa direção, é insuportável”, desabafa.
Essa área em questão passou a ser parte integrante do perímetro urbano do Distrito de São Jorge, através da Lei 2.952/2017, promulgada no dia 27 de agosto do ano passado.
Segundo Inelvo Gregolin, proprietário desta área que está fazendo uma permuta com o município, ainda está semana deverá ter uma reunião com a Administração Municipal para acertar os detalhes que envolvem essa negociação. “O acordo que tenho com o município é que se faça o arruamento, com o meio fio e no prazo máximo de um ano, sejam gerados no mínimo 60 empregos neste Parque Industrial”, relata.
“Não abro mão desse acordo”, acrescenta, ressaltando que vai continuar plantando neste espaço, até que o Município tome a iniciativa de realmente efetivar o Parque Industrial. “acredito que seria pior deixar o mato crescer nesse espaço e trazendo diversos transtornos a vizinhança, inclusive insegurança. Quanto ao uso de defensivos agrícolas, uso os de menor impacto nas minhas lavouras há vários anos”.
Ainda segundo ele, caso tenha que continuar plantando, vai tomar todas as providências que o Ministério Público exigir: “Pode ser feito uma cortina com duas ou três carreiras de árvores, por exemplo, eliminando praticamente o problema”.
Sobre o abaixo assinado e as reclamações dos moradores junto ao MP, nos disse que para ele era novidade. “Até agora não fui notificado de nada e nem sabia disso”, pontificou. A notificação deverá chegar embreve, segundo André, a audiência está marcada para o próximo dia 25 de maio.