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Francisco: o santo e o papa
  Data/Hora: 30.mar.2020 - 23h 44 - Colunista: Cultura  
 
 
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Por João Baptista Herkenhoff - Juiz de Direito aposentado (ES) e escritor -  Email – jbpherkenhoff@gmail.com
 
 
          Esta página foi escrita no dia em que o Papa Francisco chegava ao Brasil.
 
Na chegada do Papa, meu espírito foi à presença de São Francisco de Assis.
 
          Ao nos postarmos à face de Francisco de Assis, a primeira ideia que nos vem é a do santo que amou a natureza e viu os animais como irmãos. Mas além deste amor universal a todos os seres vivos, Francisco amou os seus semelhantes com a paixão do devotamento irrestrito.
 
          Na sua tradição biográfica, registra-se que ele recebeu de Deus esta missão: “Vai, Francisco, reconstroi a minha casa.”
 
          A casa humana tinha sido transformada numa casa de indiferença e egoísmo. Francisco recebia a missão de reconstruir a casa incendiando-a de Amor. Mais do que beijar a perna do leproso, Francisco beijou-lhe a alma. Nesse ósculo de dimensão infinita, o irmão Francisco reconstruía a casa de Deus.
 
          A casa que tinha de ser reconstruída não era a casa de ateus ou de descrentes. Era a casa dos que se ajoelhavam, rezavam, cantavam hinos de louvor mas esqueciam que o legado de Jesus Cristo não foi feito de ritos, mas de atos.
 
          Assumindo o nome de Francisco, o Papa que foi Bergoglio assina o compromisso de, novamente, reconstruir a casa de Deus, hoje certamente bem mais em frangalhos do que no tempo do visionário de Assis.
 
Não me parece relevante que Francisco seja tão somente um Papa do Terceiro Mundo, de nossa vizinha Argentina. Mas que ele seja uma voz profética do Terceiro Mundo, tão corajoso e despojado quanto seu compatriota o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Péres Esquivel. Este testemunhou em favor de Francisco quando, após a eleição papal, pretenderam atribuir ao então Cardeal Bergoglio cumplicidade com a ditadura comandada pelo General Videla. Esquivel repudiou a infâmia levantada e afirmou, peremptoriamente, que a acusação não tem o mínimo fundamento.
 
Compartilho a esperança do sempre inspirado Frei Leonardo Boff no sentido de que um revolucionário silencioso e humilde assentou-se na cátedra romana. Creio que não será um Papa disposto a impor pena de silêncio à voz discordante mas, pelo contrário, propenso a ouvir e dialogar, consciente de que Roma não detém o monópolio da verdade.
 
E ao refletir, no meu universo interior, sobre Francisco de Assis, leio que os Alcoólicos Anônimos ganharam o Prêmio Franciscano. A láurea foi concedida em reconhecimento ao trabalho dos AA para a recuperação de vidas.
 
Quanto serviço essa benemérita instituição tem prestado à dignidade da pessoa humana! Quão profundo é o vínculo de Francisco com todas as manifestações de amor que possam irromper no mundo!
 
 
PS – Estou divulgando este texto, após assistir, pela televisão, à benção urbi et orbi concedida a todos os homens e mulheres do mundo pelo Papa Francisco.
 
 
 

 

 

 
 
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