O movimento contra o abandono da Justiça nas Comarcas de Medianeira, Matelândia e São Miguel do Iguaçu, denominado JUÍZES JÁ, levou novamente a Ordem dos Advogados do Brasil, através da subseção de Medianeira, a colocar o seu bloco na Rua e realizar passeatas pelas principais ruas das sedes destas comarcas.
Levantamento preliminar efetuado nestas Comarcas aponta que existem cerca de 30 mil processos parados. “É simplesmente inadmissível o que vem acontecendo hoje, nessas três comarcas onde deveríamos ter oito juízes, temos apenas um – e isso vem se arrastando há dois anos”, ressalta Antônio Tarcísio Matté, presidente da OAB Subseção de Medianeira.
“É humanamente impossível que uma pessoa só consiga fazer Justiça. Temos muitas pessoas que entraram com ações e já morreram”, descreve Matté, ressaltando ainda que esta precariedade e morosidade da prestação de serviço pelo Poder Judiciário aos cidadãos afeta a sociedade como um todo.
Segundo ele, o objetivo dessa manifestação é demonstrar a indignação da advocacia e da população por esse descaso e exigir do Tribunal de Justiça do Estão do Paraná, responsável pela administração do Poder Judiciário no Estado e pela movimentação da carreira dos juízes. “Precisamos de uma solução imediata para a falta de magistrados nas três comarcas prejudicadas”, pontifica.
A Subseção de Medianeira, abrangem os municípios de Serranópolis do Iguaçu, Missal, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Matelândia, Céu Azul, Ramilândia e Vera Cruz d´Oeste que compõem a 39ª Seção Judiciária do Paraná.
Para Alexandre Polita, um dos coordenadores do movimento em São Miguel do Iguaçu, é importante que a população se manifeste. “Nos próximos dias o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná deve nomear novos juízes para as Comarcas – o problema é que o número de juízes concursados para serem nomeados é bem menor do que a demanda. Daí a importância deste movimento para sensibilizar o Tribunal”, entende Alexandre.
O movimento se concentrou em frente ao Fórum e em seguida desfilou pelas principais Ruas da cidade, distribuindo panfletos com as reivindicações.

