Ao tomar uma série de decisões unilaterais, onde não se procurou dialogar com as partes envolvidas, o que é básico em Administração no mundo civilizado, o prefeito Cláudio Dutra, vem batendo de frente com a ética, o respeito e a consideração, andando perigosamente na contramão da história.
Que fique bem claro que estou me referindo ao prefeito Cláudio Dutra, ao Administrador Público, e não ao pai de família, cidadão comum, que até poucos dias era todo riso e mantinha no rosto certo ar de confiança e admiração – muito embora a sua passagem pelo Legislativo, onde já tinha sido inclusive presidente, já havia deixado inúmeros indícios de Vandalismo e Destruição do Patrimônio Público.
Eleito prefeito (por minoria absoluta), deslumbrado pelo poder, por falta de maturidade e equilíbrio emocional, sua primeira escorregada diplomática no novo cargo aconteceu já no dia da posse, onde não teve grandeza de espírito para reconhecer que estava sucedendo uma das melhores administrações de todos os tempos da história política de São Miguel.
Ao ler um discurso escrito com ajuda de terceiros a sua consciência pesou – ele gaguejou – tremia como uma vara verde (recebeu água inúmeras vezes) e quase desmaiou.
E o pior dos piores é que diversos veículos de comunicação que estavam lá, mesmo gravando as imagens e vendo com os seus próprios olhos ao vivo e a cores, nada mencionaram. O único veículo de comunicação que contou tudo o que se passou sem esconder ou emitir os fatos foi o nosso.
Entre todos os que lá estavam pelo menos um deles tinha o dever ético e moral de relatar e mencionar o que estava acontecendo naquele fatídico início de desgonerno.
Estou me referindo ao Canal do Boi, que em São Miguel do Iguaçu é representado pelo empresário Rogério Arnold, que foi quem repassou todos os valores pagos a imprensa local e regional, através da sua Agência de Publicidade.
E como ele fazia os pagamentos? O Governo Municipal lhe repassava mensalmente os valores, ele emitia a nota fiscal da sua agência do total repassado (recolhendo os devidos valores referentes aos impostos) e em seguida, pagava aos veículos de comunicação através de recibo para efetuar a sua prestação de conta junto ao Executivo, descontando o imposto que já havia recolhido para evitar dupla tributação.
Esse foi o modelo usado para repassar os valores a todos os órgãos de comunicação que receberam através da sua agência – modelo este documentado e orientado por um contador e pelo setor de Contabilidade do Governo Municipal – cuja prestação de conta era enviada mensalmente para o Tribunal. Ou seja: não foi feito nada de ilegal ou por debaixo dos panos como se diz na gíria.
E por que digo isto? É por que ontem na comunidade de São Miguel um tal de Dr. Ismar,dizendo-se advogado contratado da Prefeitura, tentou nos desmoralizar em público dizendo que a nossa prestação de conta estava irregular de acordo com a Auditoria que ele estava fazendo.
A cerca de uma duas semanas, mais precisamente no dia 14 de junho, eu recebi a visita em nossa redação do empresário Rogério Arnold, me dizendo que estava apavorado. Esses foram os termos que ele usou: “Uma equipe de advogados estiveram me visitando e me disseram que se você não parar com esses ataques a Administração do Cláudio, eles vão fazer uma devassa na minha contabilidade e ferrar com todos nós”, me disse ele.
E continuou: “Não há necessidade de fazer isso que você vem fazendo. Ele quer acertar contigo, vou procurar agendar hoje mesmo uma reunião com ele para o início da semana”, me garantiu Arnold.
Eu disse a ele: Como acertar com um Governo como esse que vira as costas para a comunidade. Aquele Hospital que está lá não é meu, nem seu, nem do prefeito e muito menos do próprio Wagner que é o proprietário – aquilo lá é de todos nós e está sendo edificado com o intuito de salvar a vida de quem dele precisar. Como alguém em sã consciência pode virar as costas para uma estrutura como aquela que além de salvar vidas, vai gerar empregos e fomentar o nosso desenvolvimento?”.
E continuei: “Saúde e Educação são os pilares de toda e qualquer Administração que se preze. E são justamente esses dois setores que ele está querendo ferrar”.
Disse-me ele: “O Cláudio não é o culpado de tudo isto. Tudo o que está acontecendo hoje na área de saúde foi por causa daquela palhaçada que o Charles fez para arrebentar a sala do Conselho Municipal de Saúde no início do ano e provocar uma série de ações que o Franco moveu na Justiça”, relatou – deixando claro mais uma vez que tudo o que vem acontecendo é o que realmente já mencionamos – retaliação.
Por que estou relatando isto? Para deixar claro em que patamares evolutivos estão transitando atualmente os nossos governantes. Um dos piores níveis de todos os tempos da história política de São Miguel do Iguaçu. Em termos de Administração Pública, um desastre para a população, muito embora, deva ser vantajoso e altamente “gostoso” para uma minoria que se apropriou do poder”.
Vejam vocês que se ele tivesse o mínimo de diplomacia e propensão para o diálogo – se tivesse o mínio de visão administrativa e nobreza de espírito – uma das primeiras coisas que teria feito no primeiro dia do seu mandato, era visitar o Hospital Mãe de Deus e ver o que mais o empresário estaria precisando para tornar aquilo lá 100% realidade no menor espaço de tempo.
Isto inclusive está no seu Plano de Governo que foi distribuído para a População, nas páginas 6 e 7: “Estabelecer convênios e parcerias com os hospitais do município, além de apoiar no que for possível, a sua implantação integral”.
Se o tivesse feito, teria se notabilizado como um “Estadista”, um homem público de notório saber e palmilhado uma ascendente trajetória política – pois teria se aliado aos que acreditam que uma convivência de harmonia e paz poderá fazer com que o nosso amanhã possa ser maior e melhor. Mas não, - o que fez de lá para cá foi andar perigosamente na contramão da história da civilização.
Quais foram às decisões unilaterais que ele tomou? A primeira dela e a mais grave de todas, foi romper unilateralmente com a gestão que já existia no município na área de saúde, desrespeitando o contrato que havia sido firmado com o mesmo, inclusive, com a aprovação do Conselho Municipal de Saúde.
A segunda decisão unilateral, tão grave quanto às demais, foi um desdobramento da primeira, tentando atingir o presidente do Conselho Municipal de Saúde, ex-professor e ex-Diretor da Uniguaçu/Fasi, professor Franco Sereni.
No intuito de retaliar contra o Franco, emitiu um Decreto, tentando tomar parte da área da Uniguaçu, destinada a ampliação e o crescimento desta Instituição de Ensino que já proporcionou curso superior há mais de 2000 pessoas de São Miguel e região.
A terceira decisão unilateral, como em todas as demais, sem se quer dialogar ou notificar as partes envolvidas, foi o seu decreto de desapropriação do Clube Panorama, que está sendo totalmente reformado pelo seu proprietário João Antônio Ghellere.
A exemplo do outro decreto de desapropriação, esse ato também é uma retaliação a mesma pessoa. Franco é pai da Andréia (atual Diretora da Uniguaçu) e sogro de João Antônio Ghellere. Desapropriando o Clube, com a alegação de querer transformar aquilo lá num Centro de Eventos, no seu ponto de vista, estaria atingindo direta e indiretamente quem ousou entrar com três ações na Justiça contra o seu início de “desgoverno”.
Não deixe de visitar o nosso site, vamos enfocar vários outros assuntos onde provamos tudo o que estamos dizendo, inclusive sobre nepotismo explícito, nepotismo cruzado, mandos e desmandos no uso do Patrimônio Público – e a sua doce sede de vingança, usando como armas decretos de desapropriações, e no caso acima desta matéria, intimidação ao empresário responsável pela Agência de Publicidade que distribui os valores para imprensa, repassados pela ex-administração.
Voltamos a repetir o que já dissemos em outras matérias – o nosso desejo é contribuir, elucidar e ajudar. Essa matéria, por exemplo, estamos debitando na conta do seu “Ismar” pelo ataque desferido contra nós ontem nas redes sociais. Esse mesmo Ismar que já colocou o prefeito dele numa fria – pois nepotismo é crime previsto em Lei. E pelo visto ele não avisou o prefeito, ou o prefeito não conhece os funcionários que tem, pois ele é cunhado de um outro que veio de fora que por sua vez, também é (...). Ou seja, (...)
João Maria Teixeira da Silva.