“Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.”
Tendo como norte as palavras acima do escritor Eduardo Galeano, descrito em seu belíssimo poema “O Mundo”, momentos antes de iniciar o seu trabalho no Tribunal do Júri, ontem, 04, o promotor de Justiça, Dr. Alex Fadel, abriu um parêntese para prestar homenagem a Dra. Evelyne Soares dos Santos, juíza de nossa Comarca, que por motivo de promoção está deixando São Miguel do Iguaçu e se transferindo para a comarca de Paranavaí, norte do Estado.

“Foi um prazer muito grande tela como companheira de trabalho nesta Comarca, aliás, sua atuação como Juíza, foi por diversas vezes elogiada pelo próprio GAECO, devido a sua vontade, a sua determinação e coragem com que atuou nas suas decisões – muitas delas extremamente difíceis...”, segundo Fadel. “Como descreve Galeano, cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais... mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo. A sua determinação, o seu entusiasmo pelo que faz nos leva a isso – a pegar fogo, sem pestanejar”, disse ele.
UMA AULA DE CIDADANIA
Seria importantíssimo se em todos os Tribunais do Júri, as galerias estivessem lotadas, principalmente pelos nossos jovens... No embate entre a Acusação e a Defesa, o público pode apreciar uma Peça Teatral onde a carga emocional envolvida é muito grande, pois o espetáculo apresentado trata-se de um Drama da Vida Real – onde os autores da trama, por razões opostas, delegam poderes aos seus procuradores para mostrar, esclarecer e desvendar o que realmente houve naquele dia fatídico...

De um lado o Réu, que tem a última oportunidade de dar a sua versão dos fatos, antes de ser julgado por um tribunal constituído por pessoas que representam a sociedade civil organizada... Do outro, a vítima representada pela Promotoria Pública, cuja missão, ao contrário do que muitos pensam, não é a de acusar, mas sim, esclarecer os fatos e fazer Justiça. (volto a este tema)...
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