Hoje à tarde, os servidores do Poder Judiciário de São Miguel do Iguaçu, liderados pelo SINDIJUS – Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná cruzaram os braços das 15h00 às 16h00.
Segundo Edson Fernando da Silva, Diretor Executivo do Sindijus, esta paralisação faz parte da campanha denominada Justiça Igual para Todos – ISONOMIA JÁ. “Estamos buscando a igualdade de tratamento entre o 1º e o 2º Graus do Tribunal de Justiça do Paraná”, explica.
Disse-nos ainda que essa desigualdade é histórica, como política adotada por todos os Tribunais do País, onde o maior número de investimento é destinado ao 2º Grau, isto é, aos servidores lotados no Tribunal, no denominado “predião”, localizado na capital do estado, na maioria dos casos na área administrativa.

Eliane e Edson, a frente do movimento em São Miguel do Iguaçu
“Nossa luta não é só por melhores salários, mas sim, por melhores condições de trabalhos, pois é no primeiro grau, onde efetivamente a atividade fim do Judiciário é exercida, com atendimento a todos que buscam a Justiça para garantir os seus direitos”, pondera, ressaltando que na maioria dos casos estão sempre com falta de funcionários, deficiência na estrutura física, móveis, utensílios e também carência de espaço para atendimento à população, prejudicando o desempenho dos servidores que ali exercem suas atividades.
Em carta aberta à população, o Sindijus-PR, lembra que inúmeras denúncias já foram feitas, dando conta da falta de mão de obra, de mesas, máquinas e material de expediente, insalubridade nos locais destinados aos arquivos, falta de espaço para guarda de armas e processos. Ambientes com temperatura elevada nas regiões norte e oeste do Estado, sem ventilação, sem ar condicionado. Até na capital e região metropolitana os servidores e a população enfrentam essas condições insalubres.
Esse descaso com o primeiro grau, segundo Edson, já é de conhecimento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que acatou os diversos pedidos de providências protocolados e elaborou uma minuta de resolução onde determina a igualdade de tratamento entre o primeiro e o segundo graus em todos os Tribunais do País.
Houve uma audiência pública em Brasília, onde todos os servidores e presidentes de Tribunais foram ouvidos e apresentaram sugestões e críticas à Resolução. “Ainda não houve a decisão final do Egrégio Conselho, mas acreditamos que em breve isso deverá ocorrer”, entende Edson.