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Cerimônia de Inauguração da Avenida Willy Barth – Um Cartão Postal – mas, o que faltou?
  Data/Hora: 25.ago.2023 - 9h 15 - Categoria: São Miguel do Iguaçu  
 
 
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Da Redação c/fotos e informações da Assessoria de Comunicação. Com a presença de autoridades municipais, lideranças e representantes da empresa responsável pela execução da obra, foi inaugurada oficialmente ontem, 24, os trabalhos de revitalização da Avenida Willy Barth, que de fato, foi transformada na “Avenida do Esporte e Lazer”. Um investimento de aproximadamente R$ l.534.000,00, recursos do próprio município. 

 

O prefeito Boaventura Motta elogiou a transformação da avenida e ressaltou os benefícios que essa revitalização trará para toda a comunidade. ‘Uma obra que muda a cara dessa importante avenida do nosso município, deixando nossa cidade cada vez mais bonita e aconchegante. Agora, as famílias podem aproveitar esse lindo espaço para o seu lazer e para a prática das suas atividades físicas com segurança’, destacou.

 

A OBRA

Na primeira etapa de trabalhos foram padronizadas todas as calçadas nas duas laterais da avenida. Na segunda etapa, foi construído um espelho d’água, que proporciona um belo efeito refletivo da escultura “Árvore da Vida”, uma obra em chapa metálica, inspirada no artesanato dos indígenas Avá-Guarani de São Miguel do Iguaçu. ‘Essa escultura retrata o momento em que o Lago de Itaipu estava se formando e a água subiu rapidamente, levando os animais a procurarem abrigo no topo das árvores para preservar suas vidas’, explicou a secretária de Planejamento, Gabriela Cristina Frigo.

 

A escultura representa ainda a capacidade de vencer desafios, além de significar vitalidade e força. Também remete a Comunidade Indígena Avá-Guarani Tekoha Ocoy, instalada no distrito de Santa Rosa do Ocoí. ‘A Árvore da Vida representa nossa comunidade e está muito presente no nosso artesanato e no dia-a-dia em geral, ficamos muito felizes com essa obra que representa a nossa cultura’, agradeceu o cacique Celso Japoty Alves.

 

Além da escultura, também foram instaladas ao longo de toda a avenida rampas de acesso para cadeirantes, pista de caminhada, ciclofaixa, paraciclos (dispositivos de estacionamento seguro para bicicletas), pergolados de madeira plástica (para maior durabilidade), bancos, lixeiras, além de ter sido realizado um trabalho de paisagismo, com plantio de 28 mil plantas.

 

‘Tem um livro de Jan Gehl, arquiteto e urbanista dinamarquês super renomado, intitulado ‘Cidades Para Pessoas’, que aborda muito a qualidade de vida das pessoas nos espaços urbanos e públicos. Questões de mobilidade, sustentabilidade, segurança e valorização dos espaços, que refletem diretamente da qualidade de vida de cada um de nós. Então por isso, essa avenida foi pensada e idealizada para se tornar uma rota de esporte e lazer’, complementou a secretária Gabriela.

 

O vice-prefeito Claudio Rodrigues, exaltou o impacto positivo da obra para a região central, além de reforçar o compromisso de investimentos em todo o município. ‘A nossa gestão tem um olhar voltado para o interior que esteve muitos anos abandonado, mas também para a cidade. Estamos investindo em todo o município, cumprindo o compromisso de transformar e preparar São Miguel do Iguaçu para o futuro!’, enfatizou.

 

A revitalização contou ainda com a micro pavimentação em toda a faixa de rodagem e sinalização vertical e horizontal. Em paralelo ao projeto de revitalização, o Governo Municipal realizou ainda a instalação de lâmpadas em Led ao longo de toda a avenida.

 

Da Redação:

O QUE FALTOU? A obra em si, não tem como contestar – é de extremo bom gosto. Um Cartão Postal. Uma obra que não só veio para ficar e abrigar as gerações futuras, como também dar vida e dignidade as pessoas que por ali passarem com a mente aberta, vendo ali a extensão da sua própria casa. Um lugar para fazer caminhadas, praticar esporte enquanto contempla a vida ao seu redor.

 

O que faltou? A obra, muito bem executada, por sinal, fala por si. Mas, como se trata de um Patrimônio Público, o presente que foi entregue a comunidade nessa data, veio sem a “embalagem” – faltou aquele pacote que fazemos com todo carinho quando vamos presentear alguém – pacote que nesse caso – é o povo, aplaudindo, festejando e valorizando um Patrimônio que é de todos e de vital importância para o bem estar atual e para as vidas futuras.

 

O que faltou? Essa questão salta aos olhos. Pela terceira vez, estive presente num cerimonial de inauguração desta Administração. E, como jornalista, me sinto no dever de analisar e relatar o que sinto, o que penso e, nesta inauguração, não posso e nem devo parafrasear Sócrates, dizendo: “Não sei. O que sei é que nada sei”.

 

 

Não tem como negar – a Avenida ficou linda e o mais importante, em cada detalhe, procurou-se demonstrar que as cidades tem vida e que, as Ruas, Praças e Avenidas, tem alma. Uma obra que parece simples – mas, não é. Ali estão símbolos que nos remetem aos principais componentes que sustentam a perpetuação da vida sobre o Planeta Terra – a água borbulhando e recebendo os raios do sol – energias que geram vida – apresentando e sustentando no mesmo espaço a “Árvore da Vida”. Um belíssimo artesanato criado pelos Avá-Guarani, lembrando e simbolizando os animais que para fugir das águas represadas, procuraram abrigo no topo das árvores (1982), quando da formação do Lago de Itaipu.

 

Nesse mesmo Chafariz, que é bom que se diga, a sua construção foi pontual e genial – e, ao contrário do que muitos pensam, não interrompeu nenhuma Rua – mas sim, religou a Avenida com toda a sua extensão privilegiando as pessoas e não os veículos – tem também o símbolo da Itaipu – a obra do século que além de gerar energia, desenvolvimento com de geração de emprego e renda é um Cartão Postal que encanta – e ainda presenteia a região com os royalties para a sua manutenção.

 

O que faltou? Faltou mobilização, ou falta de comunicação interna e externa, sem contar, o horário escolhido – duas horas da tarde (14:00), em plena quinta feira, com as pessoas trabalhando e o comércio funcionando.

 

O que faltou? Faltou a presença do próprio presidente da Itaipu Binacional, ou seu representante com um discurso forte e pontual. Faltou autoridades eclesiásticas, abençoando e dando um toque de sagrado ao ambiente. Faltou a Secretaria de Cultura e Esporte, com música, dança e tudo que nos remeta as grandes celebrações, como eventos, aniversários, casamentos e com as quais temos um carinho especial – elas ficam indelevelmente gravadas em nossas mentes para sempre.

 

O que faltou? Faltou a presença dos Diretores, Alunos e Professores de todas as escolas que, deveriam fazer em seguida um Concurso de Redação (com uma ótima premiação), cujo tema poderia ser a “Importância da Beleza em Nossas Vidas”. Faltou a presença da própria Comunidade Avá-Guarani com seus guerreiros, trajes e músicas típicas, afinal, a sua cultura, o seu artesanato está eternizado ali na “Árvore da Vida”.

 

O que faltou? Faltou a presença dos Clubes de Serviços como o Lions, o Rotary – os Sindicatos, as Associações, os gerentes das Instituições financeiras que administram o meu, o teu e vivem de taxas e cobranças de juros.

 

O que faltou? Um dia e horário adequado onde todos, absolutamente todos os funcionários públicos pudessem participar e aplaudir a sua própria Administração que, é bom que se diga, vem fazendo das tripas o coração para bem administrar os recursos públicos. Onde o comércio de forma geral pudesse comparecer para receber e agradecer esse presente que valoriza o seu patrimônio, o nosso povo e a nossa gente.

 

O que faltou? Faltou sensibilidade coletiva, como aliás, vem faltando para o país e o mundo. Hoje, se perde muito mais tempo administrando conflitos e relatando chacinas, crimes contra a vida e a honra das pessoas do que ouvindo música, lendo um bom livro ou fazendo qualquer outro tipo de arte que nos reconecte com o sagrado e nos distancie do profano. Hoje, o maior espaço ocupado na mídia é entrevistas com comandantes de Polícia, Delegados e Promotores dando explicações sobre mais um crime que se cometeu na outra esquina, seja crime contra a vida, crimes financeiros e os cambaus.

 

O que faltou? Eu espero que o que faltou ontem, nessa inauguração, nós possamos recompensar em breve, quem sabe já no próximo mês, quando começa a Primavera. Que, no meu ponto de vista deveria ser a primeira estação do ano, onde começa o renascer da vida, onde os girassóis, as orquídeas, as hortênsias, as rosas e outras flores desabrocham para nos mostrar que a vida é bela – e que merece ser comemorada e valorizada todos os minutos da nossa VIDA. (Foto: Divulgação / Internet)

 

Deixo como sugestão, para ser usado como tema para Redação junto as Escolas, de preferência entre a oitava série e o Ensino Médio, tópicos deste belíssimo ensaio do João do Rio -  “A Alma Encantadora das Ruas”

   A RUA

 

  

“Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia — o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua.

 

Para muitos, a rua é apenas um alinhado de fachadas por onde se anda nas povoações. Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma!

 

A rua resume para o animal civilizado todo o conforto humano. Dá-lhe luz, luxo, bem-estar, comodidade e até impressões selvagens no adejar das árvores e no trinar dos pássaros.

 

A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço.

 

A rua é a eterna imagem da ingenuidade..., para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações..., é, — tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...

 

Essas qualidades nós as conhecemos vagamente. Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o lirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível, é preciso ser aquele que pratica o mais interessante dos esportes — a arte de flanar. É fatigante o exercício?”

 
 

 

 

 
 
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