Só quem participa é que consegue mensurar o trabalho árduo, o esforço e a dedicação que se tem para formação de um Centro de Letras. Um trabalho que exige paciência e consistência e, é claro, muito amor a essa nobre causa que envolve a criação de uma instituição dedicada ao estudo e promoção da língua e literatura.
Foto Emílio de Menezes - Internet/Divulgação - Em reunião realizada ontem (24), por videoconferência, que contou com a presença quase maciça dos Acadêmicos e Acadêmicas da Instituição, mais a Lucrecia Welter, convidada especial, sob a presidência de José Garcia, que apresentou a pauta com os informes e avanços significativos, com destaque na admissão de novos membros, que deve ocorrer num encontro presencial a se realizar em novembro próximo, na cidade de Medianeira, para facilitar a participação de escritores dos municípios vizinhos até Foz do Iguaçu, nas fronteiras com Paraguai e Argentina.
Só quem participa é que consegue mensurar o trabalho árduo, o esforço e a dedicação que se tem para à formação de um Centro de Letras. Um trabalho que exige paciência e consistência e, é claro, muito amor a essa nobre causa que envolve a criação de uma instituição dedicada ao estudo e promoção da língua e literatura.
Após o momento Espiritual – ritual de abertura das reuniões, que busca unificar as relações humanas com essa necessidade de Deus, essa força Divina que fortalece e dá sentido as nossas vidas, Garcia, fez um breve relato sobre Emílio de Menezes, o seu patrono no Centro de Letras.
Lembrou Garcia que Emílio de Menezes, jornalista e escritor, paranaense, amigo de Olavo Bilac, pelo seu jeito excêntrico de ser, foi considerado o Boca Maldita do Paraná. Em 1897, foi lembrado para compor o grupo que fundou a Academia Brasileira de Letras, mas havia preconceitos contra a sua maneira boêmia de viver, tendo seu nome aprovado somente em 1914, mas pelo fato de seu discurso de posse ser considerado sem conexão ao estilo vigente, sua posse foi postergada. Depois, ele mesmo protelou, por diversas vezes, sua posse, até 1918, quando já estava com a saúde bem debilitada, pediu para tomar posse por carta e foi aceito, vindo a falecer no mesmo ano.
Mesmo sendo um escritor e poeta satírico, Garcia lembrou que Emílio de Menezes era fiel às convicções e tradições, a exemplo, de sua religiosidade, citando três sonetos que o Poeta fez sobre os olhares da Virgem Maria: Olhar para o Anjo Gabriel, A Anunciação, para A Paixão e para A Ascenção, demonstrando seu lado espiritual, a sua profundidade como cristão, em belos sonetos da literatura brasileira.
Na sequência, Saad Zogheib Sobrinho, membro do Celeopa, fundador da cadeira de número 19, com sua conhecida sapiência, palestrou sobre a Paz, lembrando que no dia 07 de agosto, completa 80 anos de idade, mas que, mesmo com as dificuldades por que passa a humanidade, continua cheio de esperança e ao mesmo tempo desejando um mundo fraterno – em busca da felicidade.
Saad, mesmo com tão curto tempo, de pouco mais de 10 minutos, fez uma síntese muito profícua, dizendo que, embora a paz no mundo depende sempre de decisões entre as grandes nações, ela deve partir de cada um de nós, enfatizando com uma recente experiência pessoal, ressaltando a importância do perdão. “Na semana que passou tive uma discussão mais áspera com um amigo. Mesmo achando que estava certo no meu ponto de vista – logo que cheguei em casa, tomei a iniciativa de procurá-lo e pedir-lhe perdão. Nada justifica perder uma amizade”, pontuou.
José Garcia, voltou a lembrar que O Centro de Letras do Oeste do Paraná - Celeopa está fazendo inscrição para admitir escritores e escritoras como associados efetivos - Acadêmicos. Você, que já tem publicações, um ou mais livros publicados com mais de 100 páginas cada, e reside em um dos municípios do Oeste do Paraná, pode candidatar-se.

Celeopa é uma Instituição Literária com 60 Cadeiras e sede em Cascavel