Polícia Federal deflagra segunda fase da Operação Fames-19 para apurar desvios superiores a R$ 73 milhões em contratos de cestas básicas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020 e 2021.
Com informações do 247 – Foto: Divulgação/Internet – Por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador do estado, Wanderlei Barbosa (PP), do Tocantins, foi afastado, nesta quarta-feira (3), pelo prazo de 190 dias, por desvios de recursos públicos, envolvendo contratos de fornecimento de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.
A investigação vem sendo feita pela Polícia Federal, numa operação, que já conta com 200 agentes da PF, visa aprofundar as investigações sobre fraudes em contratos relacionados ao fornecimento de cestas básicas e frangos congelados.
A PF cumpre 51 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, nas primeiras horas da manhã de hoje, incluindo nos principais prédios do poder executivo e legislativo do estado, como o Palácio Araguaia e a Assembleia Legislativa do Tocantins.
Segundo a Polícia Federal, o objetivo é esclarecer o uso indevido de emendas parlamentares e o suposto recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos envolvidos no esquema. As investigações estão sob sigilo no STJ e indicam que entre 2020 e 2021, durante a emergência de saúde pública causada pela pandemia, os investigados teriam fraudado contratos de fornecimento de cestas básicas. A PF menciona “fortes indícios” de que os envolvidos se aproveitaram da crise para desviar recursos destinados à assistência social.
O valor total dos contratos suspeitos ultrapassa R$ 97 milhões, com um prejuízo estimado aos cofres públicos superior a R$ 73 milhões. A Polícia Federal apura que os recursos desviados foram posteriormente ocultados em investimentos como a construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e até mesmo no pagamento de despesas pessoais dos envolvidos no esquema.