Foto: Divulgação/Internet - Ele falou por horas e horas para justificar o injustificável e na primeira parada, onde já havia dado o seu veredito sobre três réus, uma perguntinha simples do Ministro Dino, o desnudou: “só para entender – o senhor condenou o Cid e absolveu Bolsonaro e...?”
Ou seja, com uma refinada ironia, intenso saber e simpatia, indiretamente o Ministro Dino estava lhe perguntando: Onde o senhor estava no 8 de janeiro?
- O senhor se lembra de onde foi parar essa cadeira onde Vossa Excelência está sentado?
- O senhor se lembra de alguma coisa que o ex-presidente disse reiteradas vezes contra essa Instituição da qual Vossa Excelência faz parte?
- Durante a pandemia da Covid-19, pode nos dizer qual foi o país que mais perdeu “vidas” proporcionalmente ao seu número de habitantes em todo o planeta Terra?
- O senhor tem ideia de quem seria diretamente beneficiado se o plano “punhal verde amarelo”, arquitetado para matar o presidente do Supremo e o presidente Lula teria conseguido o seu intento?
Voltando ao voto, pelo visto, antes de iniciar a sua dissertação, mentalmente o ministro Fux, jogou na sarjeta a toga que usou nos últimos 40 anos, curvou as trinta e três vértebras da sua coluna longeva, abaixou a cabeça, respirou fundo, fechou os olhos e no seu imaginário criativo e pervertido, se viu voando e penetrando pela janela da Casa Branca, lambendo as canelas do presidente Trump.
Logo em seguida, já refeito mentalmente da sua vacilação imaginária, solicitou ao Ministro Zanin, que ninguém o interrompesse para não perder a concentração e incorrer no risco de perder o seu “visto” para num futuro próximo visitar o poderoso Chefão e dar um passeio pela Disneylândia.
E o que vimos em seguida foi algo que entra para os anais do Supremo como o dia em que um Ministro viajou no tempo, tirou o verniz, triturou a verdade e tentou acabar com a Democracia do seu país.