O genial Albert Einstein, já nos ensinava que “nenhum problema pode ser resolvido no mesmo nível de consciência em que foi criado”. Uma dica fantástica para todos aqueles que buscam trilhar a senda maravilhosa da evolução não só mental e espiritual, – como também, material.
Lembro o pensamento acima, para ilustrar as ponderações do Dr. Adalgir Carlos Comunello, um dia antes deste cerimonial de elevação da nossa comarca. Aliás, é bom que se diga, Dr. Adalgir tem sido um visitante assíduo não só do nosso site, como também da nossa redação. Como decano, primeiro advogado a atuar na comarca, nesta cerimônia de elevação foi escolhido para falar em nome dos profissionais do direito.
E dizia-me ele: “A Justiça tem feito a sua parte. Como entrância intermediária, vai ter mais um juiz e mais um promotor – é um grande passo. Louvável o esforço, pois representa uma grande conquista para a nossa cidade. Mas, os valores-causas do nosso desequilíbrio social – essa cultura da competição em que o objetivo principal é possuir mais e mais permanece”.
E continuava: “É lógico, que vamos ter mais celeridade, mais rapidez nas decisões – mas, a raiz dos nossos problemas que terminam desaguando em forma de processos na Justiça está na formação. Os nossos governantes estão preocupados em dar o peixe e esquecendo-se que seria muito mais prático e producente, ensinar a pescar – que geração estamos criando?”, se pergunta, referindo-se a questão do menor e os inúmeros programas de bolsas sociais.
No seu ponto de vista, apesar de hoje as pessoas terem muito mais acessos às informações – falta consciência. “Nas centenas de processo que já atuei promovendo a Justiça gratuita – a impressão que se tem é que perdemos o nosso centro de integração – o consumismo sufocou o humanismo e as lições do mestre: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” – são palavras ao vento”, pondera.
“Os valores estão se invertendo – a desagregação familiar preocupa – e a preocupação aumenta ainda mais quando vemos anúncios governamentais de que precisamos construir mais presídios, de que a polícia precisa de mais armamento de grosso calibre para combater a violência - ou seja, estamos combatendo os efeitos e não as causas. Nosso problema chama-se educação – motivo pelo qual a razão se encontra em coma”, raciocina.
Esse é o Dr. Adalgir Carlos Comunello, consciente, coerente – atrás da sua aparente fragilidade existe um poço de dignidade e quando solta o verbo retido na memória, acaricia a eternidade e faz história.

Dr. Adalgir Carlos Comunello e o desembargador Lauro Fabrício de Mello, primeiro juiz da comarca de São Miguel do Iguaçu.

Desembargador Lauro Fabrício de Mello, o advogado Arlei Costa e sua esposa Edna, professora e Diretora do Cartório