banner iptu itaipulândia

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Pedágio no Paraná: omissão, medo e pressa
  Data/Hora: 15.mar.2023 - 18h 49 - Categoria: Politica  
 
 
clique para ampliar

Por Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT-PR (Via redes sociais) - O tema pedágio voltou a ser o imbróglio mais discutido nos últimos dias. Também não era para menos. No âmbito político, a oposição avançou nas negociações do pedágio, obtendo conquistas importantes, como o aumento da faixa de desconto sem aporte no leilão, fator que puxa a tarifa para baixo. Antes o aporte era exigido a partir de 1%, agora 12%, e com previsão de aumentar mais ainda. Um feito significativo, o que incomodou o governador Ratinho Júnior. Ou seja, em dois meses de Governo Lula avançamos mais que nos quatro anos anteriores.

 

Outro fato incômodo ao governador foi o incidente na BR-277, principal rota sentido ao Porto de Paranaguá e ao litoral paranaense, que expôs o abandono estratégico de sua gestão em relação às rodovias. Tudo com o aval do Governo de Bolsonaro, seu grande aliado político.

 

E, na última semana, o surto de pressa inexplicável para a cessão das rodovias depois de 565 dias de profundo silêncio entre a aprovação da lei de cessão das rodovias (lei 20.668/2021), aprovada em 19 de agosto de 2021, a 6 de março de 2023, quando anunciou, em tom de chantagem, uma data limite para a assinatura do convênio.

 

Precisamos reconhecer: a omissão foi estratégica. Primeiro por medo dos “aliados” implantarem o pedágio mais caro do Brasil em pleno período eleitoral. Esse foi o motivo que levou o governador não assinar a cessão das rodovias. Inclusive, as cabines de cobranças serviram de suporte para faixas que propagavam e comemoravam o fim do pedágio caro, principal mote de sua campanha eleitoral.

 

As cancelas abertas davam a sensação de uma nova história. Ao mesmo tempo, a malha viária abandonada começa a ser picotada por buracos. Hoje, o estado das rodovias todos conhecem. Agora, o descaso de dois anos, que custou vidas, é usado como moeda de troca por um pedágio caro, com mais 15 praças e sem garantias de obras. Em síntese, o governador que na propaganda de campanha comemorava o fim do pedágio, agora pede pressa para aprovar um modelo ainda mais caro, sendo que podia ter feito em 2021 e 2022.

 

Mas, antes de seguir, é importante dizer que o antigo modelo de pedágio deixou um rastro maléfico ao estado. Foi a tarifa mais cara do Brasil. Corrupção confessada e transformada em acordo de leniência. Acidentes e mortes por falta de cumprimento do contrato. Apenas 51% das duplicações foram executadas, 57% das terceiras faixas concluídas e 38 grandes obras sumiram do contrato. R$ 10 bilhões cobrados a mais dos usuários através das tarifas de obras não feitas, segundo a Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná).



A omissão do Estado, que era o contratante e não tomou as medidas no tempo correto nem efetuou a fiscalização necessária, resultou nos problemas de hoje. Quando era para ter pressa, não teve. Quando era para fiscalizar, não fiscalizou. Quando era para cobrar o que as concessionárias deviam, assinou acordos de leniências abrindo mão de obras milionárias. As pedageiras acabaram isentas de cumprir suas obrigações e, agora, podem voltar à cena, ou melhor, ao leilão e lucrar novamente por obras já pagas, mas não executadas, que colaboram com o cenário de degradação das rodovias paranaenses.

 

Nós temos pressa, sim! Primeiro em resolver o problema principal, que é o estado de decomposição das rodovias paranaenses em que você, governador, e Bolsonaro são os responsáveis, porque não fizeram o básico (manutenção e uma modelagem de pedágio justa).

 

A pressa agora é para tapar os buracos, cortar o mato, restabelecer a sinalização, reerguer os guard rail, corrigir as rachaduras, fornecer serviços de resgate e socorro médico e mecânico, como cobrei lá atrás, como comprovam inúmeros requerimentos. Para isso, o Governo Lula disponibilizou R$ 439 milhões às rodovias paranaenses, a começar pela BR-277. Esse valor é três vezes maior ao disponibilizado no ano passado pelo governo Bolsonaro.

 

Com isso, vamos conseguir discutir, com prudência, o novo modelo de pedágio, diferente desse modelo abusivo e caro que se pressiona para ser leiloado. Falta empatia de vossa excelência, governador, com os motoristas paranaenses, falta respeito ao setor produtivo, falta verdade na propaganda sobre o que está ocorrendo e a história que fez chegarmos a este ponto, um misto de omissão e medo.

 

Mas por outro lado, sobra de vossa excelência, um oportunismo infantil em querer aproveitar de fatos como esse caso na BR-277 para impor seu projeto de pedágio no Paraná. Chega ser desumano usar isso como motivo. É irresponsável fazer da dor de outros álibi para a alimentar a ganância de duas até menos pedageiras, que serão vencedoras deste leilão.

 

Queremos pôr fim a essa história de horror. Resolver primeiro o essencial, os problemas físicos das rodovias e, depois, trazermos os problemas secundários, um modelo novo de pedágio, que seja, muito e muito mais barato que o anterior, que tenhamos garantia da execução de todas as obras propostas, transparência total no processo e discussão com a sociedade.

 

Chega de propaganda e falta de ação. Esse modo de disfarçar a realidade com versões mentirosas e trabalhadas com reportagens maliciosas, querendo fazer o povo suplicar por pedágio, não importando com qual o preço, jeito e quantidade, beira a um crime!

 

Caso esteja disposto defender o povo, o qual te elegeu, e não as concessionárias, vamos dialogar e buscar, juntos, soluções. A eleição acabou, devendo a disputa ceder ao bem-estar coletivo, neste caso, a sobrevivência econômica de todos. É por justiça no pedágio que continuo lutando. Vamos juntos!

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Rose Bueno Acessórios
Banner Mirante
Banner pedrão 2018
Banner Einstein
Banner violência se limite
Banner Exposição
Bassani
Banner emprego