A diretora financeira executiva da Itaipu Binacional, Margaret Groff,
ativista dos direitos femininos, convocou as empresas a se inscrevem ao
prêmio WEPs Brasil 2014 – Empresas Empoderando Mulheres. O convite foi f
eito nesta sexta-feira, dia 06, durante o seminário Violência
Doméstica e Familiar. O evento ocorreu no auditório do Cietep,
em Curitiba. Váriuas lideranças femininas participaram do debate.
A iniciativa do prêmio, que pretende atrair uma grande adesão de
corporações do Brasil inteiro, é da Itaipu em parceria com outras
organizações. “Queremos com essa premiação incentivar e, ao mesmo tempo,
reconhecer os esforços das empresas que promovem a cultura da equidade de
gênero e o empoderamento da mulher no País”, disse Margaret.
O WEPs Brasil 2014 tem a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU),
por meio do United Cátions Global Compact (Pacto Global da ONU) e United
Nations Women (ONU Mulheres), em parceria com as suas representações no País,
a Rede Brasileira do Pacto Global da ONU e ONU Mulheres no Brasil.
As inscrições podem ser feitas até 13 de dezembro pelo site
www.wepsbrasil.org
Há mais de dez anos, a Itaipu promove ações afirmativas dentro da empresa e
na comunidade. “O tema já está consolidado na nossa organização”, disse ela,
lembrando que a Itaipu foi a primeira empresa do setor elétrico a implantar
um programa de gênero com tamanho alcance. Voltado para os empregados,
o programa beneficia fornecedores, comunidade e o governo.
“Somos patrocinadores da Casa Abrigo de Foz do Iguaçu para mulheres em risco
de morte; participamos da Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres na
tríplice fronteira, da Rede de Atenção à Mulher e do Conselho da Mulher”,
enumerou. Com o trabalho de divulgação da Lei Maria da Penha nos bairros de
Foz do Iguaçu, por exemplo, onde está instalada a usina de Itaipu, o número
de denúncias de violência contra a mulher aumentou 60%. “
A Itaipu também apoia e ajuda iniciativas de capacitação de mulheres, para
que elas tenham emprego e renda e possam se defender de seus agressores”,
finalizou.
Hoje, as mulheres ocupam 16% dos postos de gerência e também estão em cargos
que antes eram exclusivos dos homens, como nas áreas de operação da usina e
de segurança empresarial.
Em relação ao tema violência contra as mulheres, Maria Helena Guarezi,
coordenadora do programa de Equidade de Gênero da Itaipu, diz que precisa s
er discutido diariamente. “Temos que dar visibilidade à mulher para quebrar
paradigmas e mudar a cultura pré-existente”. Durante o painel de Boas Práticas,
Maria Helena reforçou a atuação da Itaipu no empoderamento das mulheres.
“É parte da boa gestão empresarial”, disse.
A secretária da Mulher da Prefeitura de Curitiba, Roseli Isidoro, elogiou a
atuação de Itaipu como grande parceira nas ações de combate e prevenção à
violência doméstica e familiar. Ela lembrou que a empresa, pioneira nas ações
de gênero no País, recebeu quatro edições do selo da Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres do Governo Federal em reconhecimento ao trabalho
desenvolvido dentro e fora de Itaipu.
Roseli Isidoro lembrou que a violência contra a mulher é um dos mais abomináveis
crimes praticados na nossa sociedade. Uma pesquisa do Instituto Avon
revelou que 16% dos homens assumiram já ter sido violentos com a atual
companheira. “São 8,8 milhões de homens violentos”, disse Roseli.
Outra pesquisa, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão, mostra que 88% das
mulheres ainda têm medo de formalizar a denúncia por medo de serem
assassinadas.
A presidente da Fundação de Ação Social e primeira-dama de Curitiba, Márcia
Oleskovicz Fruet, falou sobre os 16 dias de ativismo promovido pela
Prefeitura de Curitiba este ano. “Iniciamos em 20 de novembro, data em que é
comemorada o Dia da Consciência Negra e vamos concluir em 10 de dezembro,
Dia Internacional dos Direitos Humanos”, informou. Márcia lembrou que o
primeiro Conselho da Mulher do Paraná foi criado na gestão de seu sogro,
o então prefeito de Curitiba Maurício Fruet e, este ano, a Secretaria da
Mulher foi implantada por Gustavo Fruet.
Participaram do seminário Caroline Arns Santa Arruda, representando o
presidente da FIEP – Federação das Indústrias do Estado do Paraná Edson Luiz
Campagnolo; Francisco Tramujas Costa e Silva (SESC), Ariovaldo Figueiredo
(Correios), Elisa Cruz (Associação Comercial do Paraná) e a participação da
poetisa Marilda Confortin.
BOX
Denúncias - A violência contra a mulher é crime e tem punição. Denuncie.
Ligue 180.
Tipos de Violência Doméstica e Familiar, segundo a Lei Maria da Penha,
nº 11.340/2006
Física: Agressão física que pode ou não deixar marcas no corpo.
Exemplos: empurrão, chute, tapas, socos, puxão de cabelos etc.
·Psicológica: A vítima é emocionalmente afetada, prejudicando sua
autoestima e o direito de fazer suas próprias escolhas. Exemplos: ameaça,
manipulação, perseguição, chantagem etc.
·Sexual: Manifesta-se por meio de condutas que levam a vítima a presenciar,
participar ou manter relação sexual não desejada, por meio de intimidação,
ameaça, uso da força ou estupro, além do impedimento do uso de método
contraceptivo etc.
·Patrimonial: Relacionada aos bens materiais ou objetos pessoais da vítima.
Exemplos: reter, danificar ou destruir documentos, roupas, instrumentos de
trabalho etc.
·Moral: O(a) agressor(a) deprecia a imagem e a honra da vítima por meio de
calúnia, difamação e injúria. Exemplos: xingamentos, gritos, palavrões,
humilhações.
Sinais de agressão não declarada:
Mulheres em situação de violência, na maioria dos casos, sofrem caladas.
Se você observar alguns dos sinais a seguir, oriente a pessoa a buscar
auxílio na rede de proteção às mulheres:
·Relatos de acidentes frequentes;
·Lesões incompatíveis com os relatos de acidentes;
·Inflamações, queimaduras, contusões, hematomas e fraturas;
·Queixas variadas (poliqueixa): dores de diversas naturezas,
hipocondria;
·Isolamento, mudanças frequentes de emprego ou de moradia;
·Baixa autoestima, comportamento autodestrutivo, medo e sentimento de culpa;
·Transtornos alimentares (obesidade), depressão e uso de álcool e drogas.
·Atenção! Sinais clínicos e psicossomáticos (provenientes de sinais
mentais e/ou psicológicos) devem ser diagnosticados por profissionais da
rede de proteção, sejam os da área da saúde ou do atendimento psicossocial.
Mapa da violência 2012* (Instituto Sangari/DataSUS
Assassinatos de mulheres:
Brasil - 7º país do mundo
Paraná - 3º estado
Curitiba - 4ª capital brasileira
Piraquara - 2ª cidade mais violenta
Em caso de violência doméstica e/ou familiar, procure:
Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência
Telefone: 3338-1832 / 3323-5314 - Rua do Rosário, 144 - 8º andar –
Centro Secretaria Municipal da Mulher - Telefone: 3323-7884 - 3323-7731 –
Praça Garibaldi, 7 - São Francisco
Delegacia da Mulher de Curitiba - Telefone: 3219-8600 -
Rua Padre Antônio, 33 Coordenadoria Estadual da Mulher em
Situação de Violência Doméstica e Familiar (
Cevid) Telefone: 3017-2688 / 3017-2632
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Telefone:
3017-2607 - Av João Gualberto, 1073 - Alto da Glória
Hospital do Trabalhador - Telefone: 3212-5700 - Av. República Argentina,4.406
- Novo Mundo
Instituto Médico Legal (IML) - Telefone: 3281-5600 - Av. Visconde de
Guarapuava, 2.652 - Centro
Emergência da Polícia Militar - Telefone: 190
Central de Atendimento à Mulher - Telefone: 180
Mulheres vítimas de violência sexual devem se dirigir a quais locais?
Hospital de Clínicas (vítimas acima de 12 anos) - Telefone: 3360-1826 -
Endereço: Rua General Carneiro, 181
Hospital Evangélico (vítimas acima de 12 anos) - Telefone: 3240-5000 -
Endereço: Rua Augusto Stelfeld, 1.905 - 7º andar
Hospital Pequeno Príncipe (vítimas até 12 anos) - Telefone: 3310-1140 -
Endereço: Rua Desembargador Motta