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  G8 confirma apoio ao projeto que quer toda criança na escola  
  Publicado em 11 de Julho de 2014  
       
 

 
 
 
G8 confirma apoio ao projeto  que quer toda criança na escola

Cerca de 80% das crianças com idades de zero a sete anos estão fora da escola no Brasil. O dado ajuda a explicar o avanço da criminalidade e o fraco desempenho do País principalmente nas competições escolares mundiais. A Anaei, Associação Nacional de Apoio à Educação Infantil, está disposta a ajudar a mudar esse quadro e para isso passa a contar com um apoio de peso, do chamado G8, grupo formado por oito das principais entidades organizadas de Cascavel (Acic, Amic, CDL, OAB, Sindilojas, Sociedade Rural do Oeste, Sindicato Rural e Sinduscon/Oeste).


A Anaei e o G8, ao lado do Ministério Público e de outros parceiros, passam a intensificar ações por um propósito específico: que todas as crianças de zero a três anos tenham acesso aos Cmeis, os centros municipais de educação infantil. “O trabalho vai começar por Cascavel e aos poucos queremos envolver municípios de todo o País nesse trabalho”, afirma o presidente da Associação Nacional de apoio à Educação Infantil, o empresário Jadir Saraiva de Rezende. Educação de qualidade, já a partir dos primeiros anos de vida, é a fórmula que as grandes nações aplicaram para chegar ao estágio de desenvolvidas.


Jadir apresentou números que mostram a urgência de a sociedade organizada participar ativamente e exigir dos governos investimentos à altura da necessidade do setor educacional, principalmente do básico. “Cinquenta e seis mil crianças de zero a cinco anos morrem todos os anos no Brasil e 56 mil pessoas são vítimas, a cada 12 meses, de homicídios no País”. Para mudar essas tristes estatísticas, conforme Jadir, somente com investimentos em educação e garantindo que 100% dessas crianças frequentem a creche já a partir dos primeiros meses de vida.

 

 Foto: Fábio Conterno - O presidente da Associação Nacional de Apoio à Educação Infantil, Jadir Saraiva de Rezende

Qualidade

Até os quatro anos de idade, a criança já desenvolveu a metade do seu potencial intelectual e se devidamente estimulada vai dominar 12 mil palavras, enquanto outra, que não teve a mesma atenção, conhecerá apenas quatro mil. O médico Ovídio Rohde, da ONG Elo (Espaço para a Leitura), informa que além de todas as crianças na escola elas precisam ter acesso a conteúdos de qualidade. Ovídio está à frente de um projeto que já ajuda a transformar para melhor a vida de crianças de uma escola pública do Jardim Itália.


Ovídio lembra que Cascavel vai destinar R$ 187 milhões à educação em 2014. O valor corresponde a R$ 580 por aluno. No entanto, afirma ele, há muito os países desenvolvidos ensinam que a prosperidade está associada a um tripé essencial: educação de qualidade, planejamento familiar e pesquisa. Diante de todas as deficiências educacionais brasileiras, conforme o médico, aqui o trabalhador produz apenas 20% do que rende um norte-americano. “Até os sete anos, a criança formou a base do seu pensamento, de suas intenções e de suas obras”.

 

 Foto: Fábio Conterno O promotor Luciano Machado: ajustes para atender a uma determinação constitucional - O médico Ovídio Rohde, da ONG Elo (Espaço para a Leitura): educação de qualidade

TAC

O promotor Luciano Machado é autor de um termo de ajustamento de conduta enviado à administração pública de Cascavel. Hoje, conforme ele, são 2,5 mil as crianças fora das creches. Em 2010, aquelas com idum trabalho voluntário e apartidário e que vai cobrar das autoridades os investimentos para que as crianças sejam devidamente atendidas”. Para o presidente do Sinduscon/Oeste, Edson Vasconcelos, o tema educação é amplo e importante demais, por isso precisa contar com o decidido envolvimento de todos.

O investimento em educação é o melhor que um governo pode fazer para promover transformações substanciais. As nações desenvolvidas mostram isso e os brasileiros merecem um país melhor, com menos crimes e mais oportunidades, ressalta o presidente da Acic, José Torres Sobrinho. “Essades de zero a três anos eram 16 mil em Cascavel e em 2020 elas serão 19 mil. Para atingir a meta de 50%, ou 9,5 mil, será necessário criar mil novas vagas a cada 12 meses já a partir do ano que vem. Serão R$ 6 milhões a mais por mês, ou 10% além do índice hoje destinado ao setor, para atender à demanda.


“Mas queremos investir mais em educação ou na construção de hospitais,  cadeias e presídios”, questionou o promotor Luciano. Com menos educação haverá aumento da criminalidade, dos problemas de saúde e também reflexos negativos ao consumo e às empresas. Por isso, afirmou ele, é tão importante que toda a sociedade organizada se integre para a busca conjunta de soluções a essa questão tão importante.

 

Apartidário

O presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Juliano Murbach, informa que a OAB apoia o movimento de todas as crianças na escola por entendê-lo como uma necessidade urgente. “Esse é e é o início de uma mudança fundamental, que fará bem às futuras gerações e ao País”, diz o presidente do Sindilojas, Paulo Beal. Conforme o gerente regional do Sebrae, Orestes Hotz, a parceria do G8 vai permitir avanços indispensáveis ao alcance dessa meta. Ele cita que o Sebrae, já de olho nisso, leva às escolas um projeto com foco no estímulo ao empreendedorismo.


 
 
 
 
     
 

 
 
     
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