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  Diques vão proteger obras de sustentação da nova ponte entre Brasil e Paraguai  
  Publicado em 17 de Setembro de 2019  
       
 

 
 
 
Diques vão proteger obras de sustentação da nova ponte entre Brasil e Paraguai

Estruturas têm a função de isolar e evitar que água entre em contato com a obra.

 

Da Assessoria - Fotos: Itaipu Binacional / Divisão de Obras - O consórcio responsável pelas obras da segunda ponte internacional sobre o Rio Paraguai, entre os municípios de Foz do Iguaçu (Brasil) e Presidente Franco (Paraguai), começou na última semana a construção dos diques de proteção na margem brasileira do rio. As estruturas vão permitir a execução das fundações das torres de sustentação da ponte.

 

A gerente da Divisão de Planejamento de Infraestrutura de Itaipu, Janine Alicia Groenwold, explicou que os diques têm a função de isolar e evitar que a água entre em contato com a obra, permitindo a continuidade dos trabalhos mesmo que ocorram variações do nível do rio.

 

“A Itaipu fornece os dados históricos de variação do nível do rio e, com essas informações, o consórcio projetou o tamanho da estrutura. Semanalmente, o consórcio acompanha a variação do rio a partir destas informações, para definir as etapas de trabalho”, disse.

 

Além dos diques, estão em andamento a escavação de apoios da ponte e a estruturação do canteiro de obras. Na margem paraguaia, as obras devem começar em breve.

 

Imagens aéreas

A Diretoria de Coordenação de Itaipu também está fazendo um acompanhamento das obras da nova ponte com imagens aéreas (fotos e vídeos), produzidas quinzenalmente com o auxílio de drones. A partir de coordenadas pré-determinadas, os técnicos posicionam os drones sempre na mesma posição, permitindo um acompanhamento preciso. Futuramente, poderão ser incluídas modelagens em 3D.

 

Recursos de Itaipu

Batizada de Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná terá investimentos de R$ 463 milhões, com recursos da margem brasileira da Itaipu. Deste valor, R$ 323 milhões serão usados na construção da ponte e R$ 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, que ligará a ponte e a BR-277.

 

A perimetral vai permitir que caminhões procedentes da Argentina e do Paraguai acessem diretamente a rodovia federal brasileira, reduzindo o fluxo de veículos pesados na área urbana de Foz do Iguaçu.

 

A nova ponte terá 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, com duas torres de 120 metros de altura. A pista será simples, com 3,7 metros de largura, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metros. A previsão é que a obra seja entregue em três anos. O governo do Estado é responsável pela gestão da obra.

 

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, lembrou que a previsão é que sejam contratados cerca de 500 trabalhadores, no pico das obras. No futuro, a nova ponte será importante para que Brasil e Paraguai ampliem seus comércios e abram novos mercados de importação e exportação para outros países. Investidores nacionais e internacionais já estão de olho na região do Porto Meira, local da ponte. “A ponte deixará um grande legado para a cidade e região, com benefícios sociais e econômicos”, disse o diretor.

 

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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