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  Covid-19: hospital mantido por Itaipu altera uso dos testes rápidos de PCR por causa da transmissão comunitária  
  Publicado em 13 de Abril de 2020  
       
 

 
 
 
Covid-19: hospital mantido por Itaipu altera uso dos testes rápidos de PCR por causa da transmissão comunitária

Em parceria com a Vigilância Epidemiológica, HMCC usará 500 desses testes em pacientes que possam vir a apresentar problemas respiratórios graves.

 

Da Assessoria - Fotos: Débora Black/HMCC. Apartir da confirmação de transmissão comunitária da covid-19 em Foz do Iguaçu, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) disponibilizou 500 exames de PCR-Real Time para que sejam realizados em pacientes que possam vir a apresentar Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e não apenas nos suspeitos de contágio com o novo coronavírus. A testagem está sendo definida em parceria com a Vigilância Epidemiológica. De acordo com o diretor-superintendente do hospital, Fernando Cossa, "isso irá contribuir com o município na tomada de decisão sobre a reabertura gradativa do comércio".

 

O Laboratório de Saúde Única do Centro de Medicina Tropical do HMCC já fez mais de 40 exames por PCR, até esta segunda-feira (13). O hospital comprou 4 mil testes para a população de Foz do Iguaçu e região - destes, 2 mil já chegaram. Os exames de PCR estão à disposição dos pacientes internados no Costa Cavalcanti e no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, além dos casos notificados como suspeitos na região e, agora, também para pacientes com problemas respiratórios graves. O HMCC tem capacidade para fazer, por dia, até 480 exames PCR.

 

O hospital estuda também o tratamento com plasma convalescente dos pacientes com covid-19, um protocolo que já é usado pelo Hospital Albert Einstein, de São Paulo (SP), um dos maiores centros de referência médica do mundo. Como não há máquina de plasmaférese disponível para venda no mercado, o HMCC está tentando fazer um comodato (empréstimo gratuito) para obter o equipamento. A máquina remove o plasma com anticorpos do paciente curado, e após a confecção, esse material pode ser injetado nos pacientes graves, propiciando mais um tratamento adjuvante no combate à covid-19.

 

Atualmente, o HMCC tem utilizado hidroxicloroquina em combinação com azitromicina nos três pacientes internados com a covid-19, bem como tratamento adjuvante com imunomoduladores. O diretor técnico do hospital, Dr. Rodrigo Romaninni, explica que toda a metodologia implantada no HMCC contra a covid-19 é baseada nos protocolos da Organização Mundial de Saúde, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e do Hospital Albert Einstein, referência na América Latina.

 

"A boa notícia é que os pacientes têm reagido bem ao tratamento”, diz o médico. Ele conta que, no domingo de Páscoa (12), alguns pacientes já puderam receber a visita de seus familiares. “Foi um momento bastante emocionante para todos nós. A evolução do quadro clínico deles tem sido bastante positiva.”

 

O HMCC mantém uma ala exclusiva para o internamento de pacientes com a doença. São 27 leitos, 15 só na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 12 de semi-intensiva. O hospital também administra um fundo emergencial de aproximadamente R$ 15 milhões. São recursos da usina de Itaipu voltados à reestruturação da instituição e para ajudar Foz do Iguaçu e municípios vizinhos no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

 

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,7 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.

 
 
 
 

     
 

 
 
     
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