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  O que é ser um verdadeiro educador e o valor de um professor.  
  Publicado em 24 de Novembro de 2024  
       
 

 
 
 
O que é ser um verdadeiro educador e o valor de um professor.

Por  Clube De Leitura Paula Cristina, vis redes sociais

 

Um velho estava sentado em um banco quando um jovem se aproximou e perguntou:

— Lembra-se de mim, professor?

O velho respondeu:

— Não, não me lembro.

Então, o jovem disse:

— Fui seu aluno.

Curioso, o antigo professor perguntou:

— Ah, e o que você se tornou? O que faz agora?

O jovem sorriu e respondeu:

— Bem, eu também me tornei professor.

Surpreso, o velho disse:

— Que maravilha! Assim como eu?

— Sim, como você. Na verdade, me tornei professor por sua causa. Você me inspirou.

O velho, intrigado, perguntou:

— E quando foi que você decidiu ser professor?

O jovem começou a contar:

— Um dia, ainda na escola, um dos meus colegas veio à aula com um relógio lindo, novo em folha. Eu queria tanto aquele relógio que decidi roubá-lo. Pouco tempo depois, meu colega percebeu o sumiço e reclamou com você.

Você então nos disse:

— Um relógio foi roubado durante a aula. Quem pegou, por favor, devolva.

Eu não devolvi porque queria muito aquele relógio. Então, você fechou a porta e pediu que todos nos levantássemos para que pudesse revistar nossos bolsos. Mas fez algo especial: pediu que fechássemos os olhos.

Quando chegou a minha vez, você encontrou o relógio no meu bolso e o retirou. Em seguida, continuou revistando os outros, sem dizer uma palavra. No final, você disse:

— Podem abrir os olhos. O relógio foi encontrado.

Você nunca mencionou quem havia pegado o relógio. Nunca me repreendeu publicamente, nem fez qualquer comentário sobre isso. Aquele dia foi o mais constrangedor da minha vida, mas também o mais importante.

Com seu silêncio, você salvou a minha dignidade. Foi naquele momento que entendi o que é ser um verdadeiro educador e o valor de um professor.

O jovem então perguntou:

— Lembra-se desse episódio, professor?

O velho respondeu, com um sorriso sereno:

— Eu lembro do relógio roubado, lembro de ter procurado nos bolsos de todos… Mas não lembro de você. Veja bem, eu também fechei os olhos enquanto procurava.

E completou:

— Se, para corrigir, é preciso humilhar, então não se sabe ensinar.

Autor desconhecido

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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