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João Maria
 
   
 
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Caravana denominada “Voltando as Raízes”, composta por 77 membros do saudoso André Antonio Maggi, visitaram São Miguel do Iguaçu, neste final de semana
  Data/Hora: 22.jun.2025 - 8h 31 - Colunista: João Maria  
 
 
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A convite do nosso amigo Lino, acompanhei no dia de ontem (21), a visita histórica denominada “Voltando as Raízes”, composta por todos os descendentes vivos do pioneiro André Antônio Maggi, resolveram fazer para conhecer os locais onde ele morou, trabalhou e viveu – e o mais importante, proporcionar as pessoas com as quais conviveu no dia a dia ao lado de Lúcia, um momento de confraternização no local onde ele escolheu e construiu a residência dos seus sonhos.

 

O roteiro começou por São Vicente, onde dona Lúcia, a matriarca, o seu filho Blairo e as suas irmãs Fátima, Marli, Rosângela e Vera, juntamente com 14 netos e 37 bisnetos e mais 21 membros da família, visitaram o local onde o Grupo Maggi, através da Sementes Maggi, nasceu e se tornou em um dos maiores esteios do agronegócio do país. Blairo, ao lado de sua mãe, mostraram em detalhes o local de trabalho diário desde a década de 50, na antiga Gaúcha.

 

O Grupo desembarcou de avião em foz e seguiu até São Miguel, em dois veículos de passeio (uma van e dois ônibus de uma empresa de turismo), deu uma volta simbólica por dentro do aeroporto, projetado e construído na década de 70, para servir de suporte para os deslocamentos rápidos ao Estado do Mato Grosso, onde na cidade de Sapezal, fundada por André Maggi, o Grupo começava a alavancar o progresso e o desenvolvimento de toda aquela região. Hoje, com mais de 11 mil funcionários, levando progresso e desenvolvimento para o país.

 

A próxima parada foi na Rua Floresta, 1104 – onde, no segundo andar, por muitos anos André e dona Lúcia viveram e viram os seus filhos nascerem e crescerem. Bateram na porta – mas, o atual proprietário não estava em casa. E, infelizmente, não puderam visitar e reviver por dentro, onde se encontra se encontra impregnado na pele e na memória os velhos tempos, quando tudo ainda era sonhos e perspectivas de riqueza e prosperidade, na visão imaginaria do patriarca do Grupo.

 

Da Rua, pude ouvir do alto da escada uma das filhas dizer: “Por essas escadas eu desci vestida de noiva para se casar e naquela árvore ao lado fizemos uma foto”, relembrava uma das filhas. Mesmo não conseguindo entrarem na casa, apesar de todos os esforços, com Lino no celular tentando encontrar o atual proprietário, o que se viu foi um clima de alegria e muito respeito pelo local.

 

 

A próxima parada foi no cemitério, onde repousa o avô e empresário André Maggi, ao lado de vários outros parentes da família. Dona Lúcia, puxou uma oração com todos os ao seu lado. Blairo, por sua vez, pediu atenção e fez uso da palavra, lembrando principalmente para os mais jovens de que riqueza, poder e assim como tudo na vida passa. “Estamos ao lado do túmulo do meu pai que conquistou riqueza e poder trabalhando com muita humildade pela sociedade.  E hoje, está aqui, como todos nós um dia vamos estar,” acrescentando que a riqueza, frequentemente associada a bens materiais e capital, pode abrir portas para o poder, mas não garante felicidade ou bem-estar. “O importante é conservarmos a humildade e trabalhar sempre pensando no bem da sociedade como um todo”, ponderou.

 

Dona Lúcia, com alegria no olhar, apontou com o dedo e disse: “E é aqui, que eu quero ficar”. Blairo, com as mãos no seu ombro e com um sorriso no rosto, disparou: “Não hoje, né mãe! A gente ainda quer vê-la por aqui por muito mais tempo”, lembrando em seguida que a intenção no futuro, é construir um Jazigo para toda a família, num local mais perto, onde todos residem atualmente. “Estamos há mais de 1000 quilômetros de distância e imagine o que será isso daqui, 50, 100 anos”, replicou.

 

Dona Lúcia, insistiu. “Eu quero ficar aqui neste local como o André também escolheu”. Um bate papo familiar e altamente respeitoso e salutar se iniciou. Vera que estava ao lado, saiu em defesa da mãe. “A mãe está certa. Temos que respeitar o desejo do pai. Esse é o local que ele escolheu. Assim como a mãe, eu também quero ficar por aqui”. Descontraído, Blairo ponderou argumentando: “Vamos discutir isso no futuro, mas o meu desejo é construir um local que fique em definitivo como o Jazigo da Família”.

 

A próxima parada foi local onde André projetou e construiu a casa dos seus sonhos para viver e ser o ponto de encontro com os seus amigos e familiares. Um local ao lado de uma reserva florestal, onde a beleza da natureza, se funde com o conforto de uma residência que abriga com fotos e painéis o nascimento e crescimento de cada membro da família como riquezas colossais.

 

Todos os convidados passaram pelo interior da residência e recepcionados numa tenda montada no jardim para cerca de 120 pessoas, entre amigos e familiares. Momentos antes do gostoso almoço com direito a um “manjar dos deuses”, quem roubou a cena foi a terceira geração – a “petizada”, encenando e contando com riqueza de detalhes o que foi a trajetória, a luta e as dificuldades que Lúcia e André, enfrentaram nos primeiros anos em São Miguel, antiga Gaúcha.

 

Narrada por capítulos, um dos pontos altos do drama apresentado pelas crianças, foi sobre o mês de novembro de 1955, quando Lúcia percebeu que algo estava incomodando o seu companheiro, que retornava do trabalho pálido, amargurado e pronto para tomar alguma atitude.

 

André olhou para Lúcia, e disse: “Lúcia, venha até aqui, preciso comunicar uma coisa importante para você”.

- Pode falar, André.

- Tomei uma decisão. As coisas não estão fáceis para nós. Não sei se fizemos certo de ter deixado Torres.

- Como assim, André? Que decisão é esta?

- Vamos voltar para Três Cachoeiras, Lúcia. Não vejo outra solução, sinto muito. Amanhã mesmo vamos botar as coisas em cima do caminhão e vamos embora.

- André, até aqui eu vim com você, mas daqui só vou para a frente. Voltar, jamais”, disse Lúcia. 

 

Esse Teatro, contado pelas Crianças que, segundo Lino - ao lado dos demais da terceira geração é que tiveram a ideia de “Voltar as raízes” e reviver em detalhes a tragetória de Lúcia e André, momentos como o nascimento dos filhos e as principais decisões tomadas pelo casal, nos momentos difíceis, com uma pitada de bom humor, é claro.

 

Segundo eles, só conseguiram realizar esse sonho de “Voltar as Raízes” graças ao trabalho e a dedicação do nosso amigo Lino e a sua esposa Bete – os quais, ao lado da Tata, fiéis escudeiros da dona Lúcia, foram homenageados pelos familiares.

 

Durante o almoço, sentado ao lado do prefeito Motta, Jones de Souza, Jaime Zorzetto, Ledenir Preza, Ari Ghelere, Toninho Cechinel, Mezomo (vereador de Foz do Iguaçu) perguntei ao Blairo que dedicou 16 da sua vida a política, sendo duas vezes Governador do Estado do Matto Grosso, Senador da República e Ministro de Estado, como é possível deletar o DNA da política e voltar a sua atenção para o campo privado. A resposta dele, prometo para uma outra ocasião, mas posso adiantar – é uma decisão que envolve, alma e coração.

 

Até por que, Jones de Souza que estava ao lado, lembrou que numa das últimas entrevistas feita com o seu André, lhe perguntou qual seria o seu grande sonho – “Um dia ver o meu filho como presidente do Brasil”, respondeu.

 

Sobre os riscos de um possível conflito a nível mundial por que passa a humanidade, todos foram unânimes em descartar o envolvimento “nuclear”. “Ninguém é besta de iniciar algo que vai acabar com a sua própria vida também”, acreditam.

 

 
 

 

 

 
 
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