A apresentação foi feita pelo Fundo
Iguaçu, em reunião do Codefoz.
Outro projeto é de duplicação da BR-469.
Pelo
menos três grupos econômicos já manifestaram interesse em explorar o novo
atrativo turístico e de lazer para os moradores que será criado com a
recuperação e a revitalização do Marco das Três Fronteiras e do Espaço das
Américas.
O
projeto de concessão, desenvolvido pelo Fundo Iguaçu e apresentado nesta
quarta-feira (2), em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Foz do
Iguaçu (Codefoz), prevê a implantação de torres no formato de árvores,
interligadas por passarelas, um restaurante panorâmico, um centro cultural e de
eventos, no Espaço das Américas, e a revitalização do Marco das Três
Fronteiras.
Na
mesma reunião, o presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, e o secretário
municipal de Turismo, Jaime do Nascimento, apresentaram os projetos de
duplicação da BR-469 (Rodovia das Cataratas).
O atrativo
O projeto de concessão
do Marco das Três Fronteiras e do Espaço das Américas ainda depende dos estudos
de viabilidade econômica. Piolla prevê que até o final de julho o projeto
deverá ser entregue à Prefeitura, podendo então ser lançado o edital de
licitação.
Além
da recuperação do Espaço das Américas, hoje quase totalmente destruído, e da
revitalização do Marco das Três Fronteiras, que também sofre com o abandono, o
projeto cria uma série de atrativos para moradores e turistas.
O
que mais se destaca é a implantação de três torres, no formato de árvores (a
Araucaria angustifolia, símbolo do Paraná, norteou o conceito do projeto),
distantes entre 50 e 100 metros uma da outra, instaladas próximo ao Espaço das
Américas, ao Marco das Três Fronteiras e na área onde havia um estacionamento.
As
torres, com até 60 metros de altura, serão de concreto e metal, mas revestidas
com plantas, dentro do conceito de arquitetura verde. Em cada uma delas o
turista (e o morador) terá atividades, como escalada e arborismo. Passarelas
suspensas levarão os visitantes de uma torre a outra.
Na
confluência dos rios Paraná e Iguaçu, o projeto prevê a criação de um show de
águas dançantes e projeção de imagens em cortina d´água. Haverá ainda, entre
outros atrativos, playground, espaço para exposições, loja de souvenirs, um
memorial, mirantes, decks na área do Marco das Três Fronteiras, bicicletário,
café e píer para passeios de barco no Rio Paraná.
Entrada grátis
Jaime Nascimento diz
que não serão cobrados ingressos, mas haverá um centro de recepção de
visitantes para controle de acesso. Os visitantes só pagarão pelos serviços que
utilizarem.
Gilmar
Piolla diz que não é possível estabelecer prazos para execução das obras e
entrega do novo atrativo de Foz, mas ele calcula que tudo estará pronto antes
da inauguração da segunda ponte internacional ligando o Brasil ao Paraguai,
cujo contrato de construção será assinado nesta quinta-feira. O projeto da
ponte prevê três anos até a conclusão.
Duplicação da BR-469
O Iguassu Convention &
Visitors Bureau (ICBV), com o apoio da Itaipu e Fundo Iguaçu, também está
concluindo os projetos básicos e de execução de engenharia da duplicação da
BR-469, num trecho de 8,8 km entre o trevo de acesso à Argentina e os portões
do Parque Nacional do Iguaçu.
Depois
dos projetos serem concluídos, será feito o pedido de licença ambiental. Os
projetos e a licença serão então doados ao Departamento Nacional de
Infraestrutura Terrestre (DNIT), que poderá executá-los com recursos do PAC 2.
Ao
contrário de uma proposta antiga, que previa a construção de uma segunda pista
no lado direito da atual, o projeto prevê o alargamento para os dois lados, o
que permitirá aproveitar a faixa de domínio do DNIT, evitando custos de
desapropriação e, ainda, reduzindo o impacto ambiental. Só em dois pequenos trechos será preciso
avançar além da faixa do DNIT – na entrada do aeroporto e próximo ao Parque das
Aves.
As
obras incluem a construção de avenidas marginais em boa parte do trecho e a
implantação de ciclovias de mão única, uma em cada lado da rodovia – cada
ciclovia com três metros de largura, permitindo também o uso por pedestres.
Haverá, ainda, passarelas de pedestres, uma em frente ao Chocolate Caseiro e
outra na entrada do bairro Remanso Grande.
As
obras contemplam ainda cinco retornos em nível com faixas extras de
desaceleração e aceleração - tipo “espera zero”- e uma nova ponte sobre o Rio
Tamanduá.
No
acesso ao aeroporto será construído um viaduto e, nas proximidades da entrada
do Parque Nacional do Iguaçu, haverá uma rotatória. A conclusão dos projetos
permitirá orçar os custos, que Piolla estima, inicialmente, que devam ficar
entre R$ 80 milhões e R$ 90 milhões. Ele calcula, ainda, que dentro de dois a
três meses poderá ser feita a entrega formal ao DNIT.
A
Itaipu
A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 16,9% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 70% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão
empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e
ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.