Iniciativa será lançada
nesta quinta-feira (21), em Foz do Iguaçu, por Itaipu Binacional e parceiros.
Uma das regiões mais promissoras do Brasil, o
Oeste do Paraná vai contar a partir desta quinta-feira, 21, com o respaldo
técnico de uma metodologia inovadora, que pretende acelerar ainda mais os bons
indicadores e multiplicar as oportunidades de renda e emprego da região. É o Programa Oeste em Desenvolvimento, que
será lançado no Recanto Cataratas Resort, em Foz do Iguaçu.
O lançamento da iniciativa, que reúne a Itaipu
Binacional e parceiros, terá dois momentos. O primeiro com a formação de
câmaras técnicas, a partir das 14h; e o segundo com o lançamento e posse da
primeira diretora, às 18h.
Participam da solenidade representantes da Itaipu
Binacional e de parceiros que ajudaram na elaboração do estudo, como Fundação
Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Sebrae/PR, Associação dos Municípios do Oeste
do Paraná (Amop), a Coordenadoria das Associações Comerciais e Industriais do
Paraná (Caciopar), a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), cooperativas e
universidades, entre outros. O encontro é aberto para dirigentes empresarias,
trabalhadores e autoridades regionais.
Para o coordenador do Sistema de Gestão de
Sustentabilidade da Itaipu, Herlon Goelzer de Almeida, o Oeste do Paraná tem
uma série de virtudes, mas precisa se desenvolver ainda mais. “O que
pretendemos, por meio do diálogo, é identificar problemas e estabelecer
mecanismos de superação.”
E complementa: “Precisamos de uma atuação em
conjunto de empresas e instituições que venham a fomentar o crescimento das
principais cadeias produtivas, com a adoção de novas tecnologias, investimentos
em infraestrutura e pesquisas para melhoria dos setores que ainda não estão
adequados, em termos de mercado, serviços, produtividade e modernização”.
Voltado para o desenvolvimento econômico e
territorial da região Oeste do Paraná, o programa tem o objetivo de promover a
articulação de empresas e instituições para fomentar o crescimento das
principais cadeias produtivas da região. Numa iniciativa cooperada inovadora,
instituições públicas e particulares formarão uma governança comum, que
permitirá a gestão das cadeias produtivas mais importantes e, baseada em planos
setoriais, propiciará a multiplicação de pactos em favor do desenvolvimento
econômico e territorial.
Um
levantamento que vem sendo feito há quatro anos apontou que entre as cadeias
produtivas mais importantes da região estão não apenas a agricultura e a
produção de proteína animal (frango, suíno, leite e até peixe), como também a
indústria metal-mecânica e de material para transporte, a indústria
farmacêutica, a produção de software, a fabricação de moda-bebê e o turismo,
entre outras.
Este diagnóstico serviu de base para que se
criasse o Programa Oeste em Desenvolvimento. "Nós concluímos que o Oeste é
uma região rica, mas ela pode ser mais do que é. Crescer mais do que estamos
crescendo. O objetivo do programa é aplicar novas tecnologias e investir em
infraestrutura para melhorar e ampliar estas cadeias, além de corrigir o que
não está dando certo”, disse Herlon Goelzer.
Perfil do Oeste
Formada
por 54 municípios, a região Oeste do Paraná tem cerca de 1,3 milhão de
habitantes, a maior parte – quase 1,1 milhão – vivendo em áreas urbanas. Mas é
a integração com as atividades do campo que garante um desenvolvimento
diferenciado em relação a outras regiões do Estado.
A economia dinâmica, resultado de cadeias
produtivas sólidas, gera riquezas e atrai novos negócios, o que resulta em mais
empregos e propicia melhorias constantes na qualidade de vida de sua população.
Numa iniciativa cooperada inovadora, instituições
públicas e particulares formarão uma governança comum, que permitirá a gestão
das cadeias produtivas mais importantes e, baseada em planos setoriais,
propiciará a multiplicação de pactos em favor do desenvolvimento econômico e
territorial.
Agronegócio e outros
dados econômicos
O
agronegócio, que representa a produção e a industrialização dos produtos
agrícolas e da pecuária, é o carro-chefe da economia do Oeste paranaense. Em
2013, os principais municípios da região exportaram o equivalente a 1,4 bilhão
de dólares, 11% a mais do que em 2012, enquanto no Paraná as exportações
subiram 3% e, no Brasil, houve uma pequena queda em 2013, de 0,16%, em relação
a 2012.
Nas exportações do Oeste, o maior peso é o da
avicultura, mais de um terço das exportações, que vão desde o frango congelado
até pedaços e miudezas. Depois, vem a soja, que em 2013 representou 152 milhões
de dólares em exportações.
Cadeias produtivas
O
critério para a escolha das cadeias produtivas baseou-se na análise de
custo-benefício, sendo dada prioridade àquelas que trariam melhor benefício
líquido para a sociedade do Oeste paranaense, a partir dos investimentos
econômicos e políticos das instituições envolvidas com a governança do Programa
Oeste em Desenvolvimento.
Assim, chegou-se a quatro cadeias produtivas: 1)
Proteína Animal (com ênfase nas carnes de ave, suíno e pescado e nos
laticínios); 2) Agroalimentar de base vegetal (com ênfase na produção de grãos
e amido para a alimentação humana); 3) Turismo; e 4) Material de Transporte.
Não por acaso, são as atividades que mais geram
empregos. Dos cerca de 310 mil empregos formais em 37.099 estabelecimentos do
Oeste do Estado, mais de 51 mil (17%) são gerados pela cadeia produtiva
agroalimentar; 4 mil pela cadeia produtiva farmacêutica; 3 mil pela cadeia produtiva
material de transporte; e quase 9 mil pela cadeia produtiva do turismo.
A
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial
“gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental,
impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.