Nada contra
a sua vontade de crescer, prosperar e se locupletar até as entranhas – não
tenho nenhum tipo de preconceito a esse respeito – muito pelo contrário, o
nosso desejo é que todos, absolutamente todos possam progredir infinitamente. O
que não podemos aceitar é quando existe a falta de consideração e respeito
pelas pessoas que estão a sua volta.
Explico: O
casal de idoso, Manoel Sadi Vargas e Ana Rebelato Vargas, residem na Serra do
Mico, ao lado da BR-277 – próximo ao Britador da Prefeitura – há mais de 40
Anos. Há 21 anos, o pai de Ana, seu João Rebelato vendeu para o senhor João
Mathias, seis alqueires, dos sete que possuía. Acontece que o senhor João,
dentro do prazo estipulado pelo falecido João Rebelato, só pagou três alqueires...
E o seu João, quando ainda estava vivo, prudentemente só passou a escritura dos
três alqueires que ele tinha pago...
Seu Sadi, enfermo - doente de câncer em estado avançado - Tânia e sua Mãe Ana, com a netinha
O que aconteceu, então? Como esta área de terra faz divisa com o Britador da
Prefeitura, em 2014, o empresário André Fernandes, de olho na possibilidade de
colocar ali um Britador procurou o seu João Mathias para comprar a área...
Segundo André, seu João lhe vendeu os seis alqueires, inclusive os três que não
tinha escritura – só existia um contrato de compra e venda segundo nos relata
Ana.
Como ele não tinha pagado os
três alqueires, o lugar esse tempo todo era usado para a colocação do gado do
seu Manoel Sadi Vargas e por Ana Maria Rebelato Vargas (filha e herdeira do seu
João), isso por mais de 20 anos... Assim que André Fernandes entrou na área em
maio de 2014, Lairton Vargas e Loiri Ferreira Vargas (filhos de Ana e Sadi)
entraram na Justiça pedindo a reintegração de posse – a qual foi imediatamente
concedida pelo Meritíssimo Juiz, tendo em vista que Ana e Sadi sempre moraram
ali e tinha o direito da posse por Uso Capião da parte não escriturada que não
tinha sido paga, segundo eles, pelo seu João Mathias.
André recorreu e ganhou em
Segunda instância: Ontem, 08 de setembro, dona Ana e seus familiares, foram
surpreendidos com a entrada das máquinas de André Fernandes no local, abrindo e
escavando o solo, com o objetivo de preparar o local para retirada de pedras...
Foi quando dona Ana me ligou
contando o que estava acontecendo. Eu disse a ela que entrasse em contato com a
sua advogada. Em companhia da sua advogada, visitaram a Delegacia de Polícia e
registraram um Boletim de Ocorrência, tendo em vista que existem as cabeças de
gado que estavam sem cerca e correndo o risco de entrarem na BR-277 que fica ao
lado...
Dizia-me Ana: “Estranho
por que em maio deste ano quando a Juíza nos concedeu a posse, fomos informados
que enquanto a causa continuasse, não poderíamos mexer em nada. Não recebemos
nenhum comunicado e, no entanto, o cara entra ali, mete as máquinas derruba
tudo – e nós ficamos aqui de mão abanando sem poder fazer nada”.
Pessoalmente, visite a sua
advogada ontem pela manhã, e ela me disse que o sistema estava fora do ar e que
também não sabia de nada. “Liguei agora a pouco para o advogado do
André Fernandes e ele me disse que também não sabe de nada. O que me leva
presumir de que existe algo de errado nisto tudo”, me disse ela.
Esse é o percurso de cerca de 30 metros onde a máquina levou 10 minutos para passar acelerando forte - segundo relata a Família
Hoje pela manhã, em visita a
dona Ana e o seu Sadi, o que me assustou foi o relato deles... “Eles
passaram ontem aqui com essa máquina que está trabalhando e para percorrer esse
espaço de 30 metros em frente a minha casa, eles demoraram mais ou menos um dez
minutos acelerando forte como se estivessem derrubando tudo...”, me
dizia dona Ana, ao lado do seu Sadi, da sua filha Tânia e de Maria Lúcia, que
três vezes por dia ajuda na casa.
Com lágrimas nos olhos,
continuava: “O nono (seu sadi) que sofre de câncer e está há muito tempo na cama –
ele não consegue falar – mas nós víamos nos olhos dele o desespero, pois não
estava entendendo nada do que estava acontecendo”, relata.
“Não temos dinheiro para recorrer – mas
hoje à tarde, vamos falar com o Promotor de Justiça – não merecemos isso – faz
duas semanas que estamos sem água – estamos usando água de litro que os
vizinhos nos trazem e para tomar banho – usamos água de um poço ao lado que
cheira mal – e ainda temos que passar por isso”.
Está feito o registro dona
Ana, e esperamos que a sua advogada recorra em Terceira Instância, e devolva o
que lhe é de DIREITO PARA A SUA FILHA TÂNIA... Estamos de OLHO...
Anexamos na matéria acima, mais uma foto que tiramos a pouco, onde Tânia mostra que aquele local onde o André Fernandes meteu a máquina e acabou com a sua cana e derrubou as cerca, faz pare do lote 46. "Os dois alqueires que o André tem escriturado em seu nome faz parte dos lotes 47 e 48 que é ao lado", garante Tânia.