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Pesquisa revela perfil sócio-político dos deputados federais brasileiros, entre 1889 e 2014
  Data/Hora: 3.out.2014 - 19h 38 - Categoria: Politica  
 
 
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O processo eleitoral pode até parecer uma caixinha de surpresas, mas pesquisadores do tema identificam fatores e elementos no perfil de cada candidato que podem ser determinantes no pleito. Um levantamento inédito sobre os deputados federais brasileiros, contemplando todos os mandatos, desde o período da Primeira República até aqueles que se encerram neste ano, vem sendo feito em parceria entre a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 

Com financiamento do CNPq, a pesquisa “As transformações da classe política brasileira nos séculos 20 e 21: um estudo do perfil sociopolítico dos deputados federais (1889-2014)” foi proposta pelo professor Renato Monseff Perissinotto (UFPR), além dos professores Bruno Bolognesi (UNILA) e Adriano Nervo Condato (UFPR), que fazem parte do Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira da UFPR. Há parcerias internacionais com a Universidade Nova de Lisboa, de Portugal, e a Universidad Nacional de General Sarmiento, de Buenos Aires, Argentina. A pesquisa justifica-se pela ausência de análises quanto ao perfil social dominante e aos padrões de carreira política de senadores e deputados federais e, como isso, tem transformado-se ao longo do tempo.

 

O estudo organiza informações de todos os deputados federais brasileiros – cerca de 7,2 mil nomes -, como dados sociais (origem de classe, acesso à educação superior e posse de títulos escolares, habilidades profissionais, gênero, entre outros) e políticas (idade de ingresso no mundo da política, número de mandatos antes de chegar a posições superiores na hierarquia política, quantidade de partidos por que passou, cargos estratégicos que dirigiu). Entre as fontes, está o Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro (DHBB), organizado pela Fundação Getúlio Vargas, além de outras publicações. A proposta é de, ao final, reunir todos esses dados no “Observatório de elites políticas e sociais do Brasil”, que já pode ser acessado em observatory-elites.org.

 

Análises mais específicas vêm sendo feitas com esse banco de dados. Neste momento, os pesquisadores trabalham analisando duas situações: a profissionalização da carreira (versus o amadorismo) e o fenômeno de popularização da Câmara dos Deputados. Em síntese, os dados levantados apontam para o deputado federal como resultado de uma trajetória “profissional” em zig-zag por cargos públicos e para um perfil menos elitista de deputado, não pertencente à classe alta.

 

No início da República tínhamos um perfil de político que era, quase que integralmente, vinculado às forças políticas e econômicas da época. Eram os notáveis. Ao longo dos anos, e com intensidade a partir de 2002, estes candidatos das classes altas perdem espaço, que passam a ser ocupados por assalariados, servidores públicos, e, em menor medida, pelas classes populares”, disse o professor Bruno Bolognesi, do curso de Ciência Política e Sociologia, que coordena o projeto na UNILA. Nesse sentido, de um lado verifica-se uma queda no percentual de indivíduos com perfil mais tradicional e, de outro, um aumento no número de indivíduos de profissões típicas da classe média, sendo em sua maioria de escolaridade relativamente elevada.

 

Esta maior popularização da Câmara dos Deputados, lembra o professor, levou à necessidade de uma maior profissionalização dos candidatos, que precisaram investir mais tempo e dinheiro em torno das candidaturas antes do início oficial da corrida eleitoral. De acordo com Bolognesi, no Brasil, a estimativa é de que para cada voto são gastos 10 reais em campanha. Além desse recurso, o candidato precisa se preparar - quanto à oratória e argumentação - e dedicar tempo a atividades sociais e à campanha em si.

 

Já temos a segunda eleição mais cara do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que divide sua eleição em duas grandes campanhas (a primeira interna, nos partidos, e a segunda na sociedade). Uma campanha que acontece, principalmente, na televisão”, explicou.

 

Eleições

Além da maior profissionalização e popularização dos quadros, os dados auxiliam a identificar uma série de fenômenos recentes no país no campo político. Em detrimento à diminuição de deputados federais pertencentes à classe alta, houve uma expansão de quadros representativos vinculados à igreja (com a formação de uma forte bancada evangélica), o impacto de candidatos-celebridades (que auxiliam no puxar de votos para as legendas e coligações) e o crescimento de mulheres como deputadas federais. “Essa questão de gênero é uma que estamos trabalhando com alunos da UNILA, que vêm realizando análises no banco de dados formado. Percebe-se um tímido crescimento nesse ponto”, disse. “Essas análises são importantes para revelar a lógica institucional da Câmara dos Deputados e os critérios com que vem funcionando. Com base nas análises, podemos tentar melhorar a democracia”, finaliza.

 
 

 

 

 
 
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