Cerca de 30 Acadêmicos de São Miguel do Iguaçu que dependem do Transporte para estudar em Foz do Iguaçu, estiveram reunidos ontem, na Praça em frente à Prefeitura Municipal, traçando estratégias para baratear o custo da passagem. O valor cobrado no ano passado segundo os acadêmicos foi de R$ 180,00 e a empresa recebia ainda repasse feito pela prefeitura que foi de R$ 192.000,00. Esse valor representava cerca de 20% do custo do Transporte. Notícias desemcontradas dão conta de que a intenção em 2015, era de baixar esse percentual para 14%. 

“Queremos não só sensibilizar o Governo Municipal, para que pelo menos mantenha o mesmo percentual repassado no ano passado, como também, exigir uma maior discussão de como é calculado esses valores”, nos dizia a acadêmica Camila, uma das que tomou a iniciativa de movimentar a galera e fazer valer os seus direitos.

Nadir Kestring, por exemplo, estudante de Agronomia, nos disse que essa discussão é benéfica para todos. “O que queremos é pagar um preço justo, onde o empresário tenha também o seu lucro diante do trabalho que está prestando. O que não dá para entender, por exemplo, é alguém já estar convocando os acadêmicos para visitar a empresa e assinar o contrato, já estipulando o valor da passagem, sem antes mesmo de ter sido feito o processo licitatório, tendo em vista que existe dinheiro público envolvido”, ressalta Nadir.  

O acadêmico Durity Rosa dos Santos, por exemplo, reclama que falta transparência. “Como membro da Associação e um dos consumidores final do serviço, tenho o direito de saber à informação detalhada do que me é cobrado. Qual a quilometragem percorrida por cada linha, bem como, qual o preço cobrado por quilometro em cada uma delas”, salienta.

Sobre o valor de quanto será cobrado, segundo a empresa que faz o transporte e a Prefeitura Municipal, não existe ainda nada definido. Muito embora, vários acadêmicos presentes, mostraram as mensagens que receberam em seus celulares onde o tesoureiro da Associação dos Acadêmicos avisa a todos que até hoje dia 23, os acadêmicos deveriam comparecer junto à empresa que faz o transporte, assinar o contrato e já pagar a primeiro mês...

A pedido dos acadêmicos foi marcado para amanhã, 24, com início às 14h00 uma Assembléia de Prestação de Contas com os membros da Associação no Centro Cultural Avelino Vieira. Um das revoltas dos acadêmicos também é com a diferença de preço cobrado para os estudantes de outros municípios que ficam bem mais diante. “Os estudantes de Itaipulândia e Santa Helena, pagam menos da metade do que nós pagamos – mesmo tendo que trafegarem uma quilometragem muito maior do que a nossa”.

Pelo o que podemos apurar, em Itaipulândia existe uma Lei Municipal que autoriza o Executivo a subsidiar 30% do custo da passagem aos jovens do município que estejam cursando um Curso Superior na região. O repasse efetuado em 2014 pelo município de São Miguel do Iguaçu, segundo os acadêmicos foi de R$ 192.000,00, o que correspondia a 20% do preço da passagem.

Cláudio Rodrigues, presidente do Legislativo Municipal, presente da reunião e se inteirando dos fatos e das reclamações dos acadêmicos

“Outra coisa que não está batendo é o número de estudantes”, me dizia uma acadêmica é o número de estudantes. “A prefeitura acabou de informar a RPC que são cerca de 520 alunos que usufruem deste benefício. E se fizermos uma conta rápida, esses números não batem, pois são seis ônibus da Empresa Barcelona e um da Ontur Turismo que fazem o trajeto de São Miguel a Foz e um Micro Ônibus de outra empresa que leva os estudantes até Medianeira. A carga máxima é de 42 estudantes nos ônibus que vão a Foz”, me dizia ela, ressaltando que todas essas dúvidas poderão ser sanadas na Assembléia desse sábado no Centro Cultural.