banner iptu itaipulândia

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Bispos católicos contestam política de Bolsonaro e defendem direitos humanos
  Data/Hora: 10.mai.2019 - 10h 30 - Categoria: Brasil  
 
 
clique para ampliar

Por Joelmir Tavares, da Folhapress - (Foto: Lucas Lacaz Ruiz/Fotoarena/Folhapress)

 

SÃO PAULO-SP – Principal entidade da Igreja Católica no Brasil, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) publicou nessa terça-feira, 7, uma mensagem em que, sem mencionar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PSL), contesta bandeiras do governo.

 

Os líderes católicos, reunidos em Aparecida (SP) para uma assembleia que começou na quarta-feira, 1º, atacaram pontos como o estímulo ao liberalismo econômico, a ausência de medidas eficazes para combater o desemprego, o corte de verbas para a área da educação, a extinção de conselhos de participação da sociedade, a flexibilização das regras sobre armas e a interferência em terras indígenas e quilombolas.

 

Também se colocaram contra a criminalização dos defensores de direitos humanos e pregaram o combate a qualquer tipo de discriminação, preconceito e ódio. Os problemas apontados pelos bispos fazem parte do documento ‘Mensagem da CNBB ao povo brasileiro’ e se somam a uma nota divulgada na semana passada com ressalvas ao projeto de reforma da Previdência defendido pelo Planalto.

 

A instituição eleva o tom dos reparos ao governo depois de concluir a eleição de sua nova cúpula, que aponta para uma gestão de continuidade, com membros da ala considerada progressista da igreja. O texto divulgado nesta terça foi aprovado pelos mais de 300 bispos que participaram da assembleia.

 

No manifesto, a CNBB afirma que “a crise ética, política, econômica e cultural tem se aprofundado cada vez mais no Brasil” e que “a opção por um liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população, favorece o aumento das desigualdades e a concentração de renda em níveis intoleráveis”.

 

 

Esse cenário, na visão dos bispos, torna “os ricos mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres”. Ainda na seara econômica, a carta diz que “o crescente desemprego, outra chaga social”, que alcança o patamar de 13 milhões de afetados, “mostra que as medidas tomadas para combatê-lo, até agora, foram ineficazes”.

 

Além disso, segue o comunicado, “é necessário preservar os direitos dos trabalhadores”. Na semana passada, além de questionar as mudanças no sistema de aposentadorias, a conferência afirmou que a reforma trabalhista concretizada pela gestão Michel Temer(MDB) agravou o desemprego. “As necessárias reformas política, tributária e da Previdência só se legitimam se feitas em vista do bem comum e com participação popular”, assinala a carta, observando que “nenhuma reforma será eticamente aceitável se lesar os mais pobres”.

 

Em outro ponto, os bispos reclamam da violência, do aumento do feminicídio e da situação das cadeias, repudiam “a criminalização daqueles que defendem os direitos humanos” e fazem referência a uma das promessas de campanha de Bolsonaro, a facilitação do acesso a armas.


“O verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança, inspirado no mandamento ‘Não matarás’ e não em projetos que flexibilizem a posse e o porte de armas”.

 

Também entrou no radar dos integrantes da CNBB “a ameaça aos direitos dos povos indígenas assegurados na Constituição de 1988”, com o que chamam de “mercantilização das terras indígenas e quilombolas”.

 

Em outro ponto da mensagem, os líderes católicos reivindicaram um cuidado especial com a educação, “gravemente ameaçada com corte de verbas, retirada de disciplinas necessárias à formação humana e desconsideração da importância das pesquisas”. O MEC determinou um congelamento orçamentário que atinge desde o ensino infantil até a pós-graduação.

 

Numa contraposição ao ato de Bolsonaro que extingue conselhos, os bispos afirmam: “Instâncias que possibilitam o exercício da democracia participativa, como os conselhos paritários, devem ser incentivadas e valorizadas, e não extintas, como estabelece o decreto 9.759/2019”.

 

Os colapsos em barragens da Vale (chamados na nota de crimes) também foram lembrados, em meio ao alerta de que o lucro não pode se sobrepor às vidas humanas e que “tanto as atividades mineradoras e madeireiras quanto o agronegócio precisam rever seus conceitos de progresso, crescimento e desenvolvimento”.

 

São exemplo de uma economia que privilegia o dinheiro “os crimes ocorridos em Mariana e Brumadinho, com o rompimento das barragens de rejeitos de minérios”.

 

Sobre a corrupção, a entidade diz que “é uma das causas da pobreza e da exclusão social”, por desviar recursos de áreas básicas. “Queremos uma sociedade cujo desenvolvimento promova a democracia, preze conjuntamente a liberdade e a igualdade, respeite as diferenças, incentive a participação dos jovens, valorize os idosos, ame e sirva os pobres e excluídos, acolha os migrantes, promova e defenda a vida em todas as suas formas e expressões, incluído o respeito à natureza, na perspectiva de uma ecologia humana e integral”, escrevem os membros da organização.

 

O texto é salpicado de referências ao papa Francisco e de declarações dele. Também traz trechos da Bíblia, como: “No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo” e “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça”.

 
 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Rose Bueno Acessórios
Banner pedrão 2018
Banner Mirante
Banner violência se limite
Bassani
Banner emprego
Banner Einstein