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Casa de Custódia e um debate muito mais amplo envolvendo o sistema carcerário e a “indústria do crime” que se tem hoje no país... Como mudar isso?
  Data/Hora: 26.set.2019 - 11h 29 - Colunista: João Maria  
 
 
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Será que continuar construindo presídios é a solução?

Exemplos de países desenvolvidos e considerados de primeiro mundo, nos mostra que é possível à redução drástica da criminalidade e a consequentemente redução do número de presídios.

 

Como fazer isso? Recentemente publicamos aqui um excelente texto do Dr. Ferdinando Scremin Neto, Juiz Titular da Vara Criminal da nossa Comarca com o título: ‘CRITICAR OU RESOLVER’, onde ele faz uma calorosa defesa da construção de uma Casa de Custódia em São Miguel do Iguaçu, na sua visão como forma de desenvolvimento e a solução para desafogar as cadeias regionalmente (São Miguel, Medianeira, Matelândia e Cia.). http://www.jornalofarol.com.br/ver-noticia.asp?codigo=42055

 

Nesse espaço, visando dar asas e ampliar o debate e contribuir de alguma forma, vou me pautar no parágrafo onde o Dr. Ferdinando diz: “quem critica a casa de custódia que aponte soluções”.

 

Uma visão geral do que vem acontecendo no país, nos mostra que estamos vivendo um “período quase que coletivo de depressão” onde o que permeia o nosso cotidiano são notícias ruins em praticamente todos os setores. O que precisamos entender é que são esses períodos sombrios que nos fazem crescer espiritualmente – que nos fazem evoluir como seres humanos...

 

Se pautar na sabedoria milenar e perguntar ao Mestre, por exemplo, e conseguir ouvir o Seu bálsamo purificador através do sussurro da alma (a psique), com 100% de certeza vai escutar D’Ele: “Esses períodos tem uma mensagem especial, por tanto não dê lugar ao desespero e a amargura. Ainda que pessoalmente se sinta frágil, esse é o seu inverno de autodescoberta e renovação interior que no final mostrará ser uma benção ainda maior”.

 

- Como assim Mestre? Não pode ser mais específico e nos orientar em ser a favor ou contra essa construção?

- Sim. Estou falando a respeito desta construção. Mas, antes precisamos entender a raiz do problema, ou seja, por que a criminalidade vem avançando cada vez mais, enquanto nos países mais desenvolvimentos está diminuindo e os presídios estão ficando ociosos – muitos deles desativados...

 

- E qual seria o primeiro passo, Mestre?

- O primeiro passo é mudar o sistema educacional. Até que as nossas escolas “despertem verdadeiramente e abram os seus olhos para a plena compreensão de que todos nós somos uma espécie de combinação dos impulsos perfeitos de CRIATIVIDADE e AMOR, eles permanecerão atraídos pela sedução do materialismo, pela satisfação dos desejos do corpo e o desejo de promover-se em detrimento dos demais, - o que vai desde apossar-se do que é dos outros, até sérias desarmonias nos relacionamentos, assassinatos, estupros e guerras. Sempre que uma pessoa impõe seu ego em detrimento do outro, a discórdia e a raiva se instala”.

 

- Como mudar isso Mestre, num mundo naturalmente dominado pelo impulso egocêntrico – o irresistível desejo de autossatisfação?

- Já afirmei isso há mais de 2000 anos: “Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”. “Lembre-se de que como você se comporta com os outros, naturalmente eles se comportarão com você. Ensinei isso para que pudessem alcançar um verdadeiro e constante estado de paz mental, amor espiritual, alegria e cura interior da mente, das emoções e do corpo físico”.

 

Depois dessa reflexão – fica a pergunta: Por que Cristo fez toda a diferença e nos deixou um legado de admiração, respeito, amor e compreensão que vem atravessando séculos e inspirando cada vez mais a humanidade?

Quem tem se debruçado sobre a Sua Verdadeira História sabe que “durante o período que esteve no deserto, sua mente foi impregnada com o Verdadeiro Conhecimento da existência em si. Foi Lhe dado à compreensão da universalidade e da BOA VONTADE Criadora da Fonte do seu próprio Ser que Lhe permitiu receber e fazer coisas que nenhum Sacerdote, Juiz, Rei ou Rainha, jamais poderia fazer”.

 

Onde podemos nos inspirar? Em primeiro lugar, temos que bater no peito e admitir que o que estamos vendo por aqui e em todo o país é uma inversão de valores. E, enquanto não olharmos com outros olhos e encarar de frente a origem do problema que tem nos levado a esses índices de criminalidade – continuar construindo presídios ou casas de custódias é o mesmo que continuar enxugando gelo...

 

Uns e outros poderia dizer: “investir em educação só vamos ter resultados daqui a dez, quinze, vinte anos...”. O fato é que, esse é um período que passa tão rápido como você andar da sala a porta de saída da sua casa. É um período que vamos ter que passar – e seria importantíssimo se passássemos esse período pensando em compreensão, pensando em inclusão, pensando em sermos empáticos, pensando em paz e união...

 

Vejam que na Dinamarca, por exemplo, existem na grade curricular como matéria obrigatória aulas que ensinam empatia aos seus alunos desde 1993. E hoje, é um dos países onde o número de recuperação e inserção dos presos a sociedade é um dos maiores do mundo – “apenas 27% dos que cumprem pena voltam a cometer delitos”.

 

A cada semana, uma hora do dia é colocado para os estudantes de 6 a 16 anos de idade, aulas de empatia, o “Classens tic”. “Eles acreditam que aprender a ter e praticar empatia os ajudará a construir relacionamentos, evitar assédio moral e obter sucesso”.

 

“Durante esse período, os alunos conversam sobre seus problemas que podem ser problemas pessoais ou problemas com qualquer coisa relacionada à escola. O restante da turma, juntamente com o professor, discutirá maneiras de como resolver o problema. O professor ajuda os alunos, ensinando-lhes sobre a verdadeira compreensão e sobre o acolhimento”.

 

Em matéria divulgada recentemente pela BBC, nos mostra que durante a aula de Klassens, o aluno tem a oportunidade de ser ouvido, de receber o incentivo de outros através da escuta. No processo, eles também aprendem a importância do respeito mútuo.

 

De acordo com o estudo de Sandahl e Alexander (BBC), nas escolas dinamarquesas, não há troféus ou prêmios. Em vez disso, eles se concentram na “cultura da motivação para melhorar, do aluno para com ele mesmo”.

 

“É a isso que os autores se referem quando consideram que a educação é o segredo da felicidade. Quando falam sobre educação, referem – se a uma sociedade humana e coesa, com sistemas estabelecidos para apoiar a todos.”

 

Qual o resultado de tudo isto? “A Dinamarca foi considerada o país mais feliz do mundo em três das quatro edições do Relatório Mundial da Felicidade, das Nações Unidas. Só perdeu em 2017 para a Noruega e as razões apontadas para esse título são os altos índices de qualidade de vida.”

 

Sistema prisional

É de lá que nos vem o exemplo de uma Casa de Custódia exemplar que serve de modelo para as futuras gerações. Na cidade de Gunslev, aproximadamente 100 km da capital Copenhagen, foi construída uma cadeia para receber 250 detentos.

“É uma cadeia de segurança máxima, mas não tem grades: as celas chegam a lembrar um quarto de hotel, com direito a uma janela grande. As áreas comuns foram projetadas ao estilo escandinavo, com uso de madeira e luz natural.”

 

“Não há um refeitório central. Cada grupo de 4 a 7 celas possui um núcleo social, com sala e cozinha na qual os presos preparam suas próprias refeições usando ingredientes que eles mesmos compram na mercearia do presídio (todos os detentos têm que trabalhar, e são remunerados por isso). A cadeia é cercada por muros de 6 metros, e tem mais de 300 câmeras de vigilância.”

 

“Segundo o escritório de arquitetura CF Moller, que construiu a cadeia a pedido do governo dinamarquês, trata-se do presídio “mais humano e ressocializador” já construído. A ideia de tratar bem os presos não é novidade na Escandinávia (a Noruega também possui, desde 2010, um presídio “humanizado”), e se baseia na constatação de que, na prática, isso acaba ajudando a ressocializar as pessoas e evitar que voltem a cometer crimes – na Dinamarca, a taxa de reincidência é 27%, metade dos Estados Unidos.”

(Continua...)

 

Fotos: BBC/Divulgação...

 
 

 

 

 
 
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