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Como não se indignar? Como fomos deixar acontecer em pleno século XXI um genocídio como este? Quem são os culpados?
  Data/Hora: 24.jan.2023 - 9h 26 - Colunista: João Maria  
 
 
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Fotos ilustrativas - Divulgação / Internet - Uma tragédia humana anunciada e arquitetada com requintes de crueldade. “Enquanto a imprensa está se preocupando com a pandemia, vamos passar a boiada...”, afirmava Ricardo Salles.

 

Para iniciar essa matéria, transcrevo na íntegra o texto de Dilson Cunha, divulgado nas redes sociais sobre a

 

“PIETÁ

A semelhança entre o Cristo Morto, de Holbein, e o índio Yanomami não é mera coincidência. Ambos estão despidos de suas humanidades bem como de suas divindades. Ambos trazem no semblante a dor do abandono. Ambos, cadavéricos e rígidos, estão carregados de sofrimento e putrefação. Ambos, insepultos.

Diante do Cristo Morto de Holbein, Dostoiévski, estático por cerca de quinze minutos, emudeceu e teve sintomas de epilepsia sem ser epilético. Como ficar indiferente? Como ignorá-lo?

Diante do índio moribundo estamos nós, e não há como fugirmos dele, fingirmos que não o vimos. Vimos! E em carne e osso. Pouca carne, muito osso. Carregado de muitas e indizíveis dores.

Ah, sim, ouso parafrasear o profeta Isaías:

“(…) não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.

Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.”

 

Aí você me dirá: é sobre Cristo que Isaías está falando.

Daí eu lhe direi: sim, eu também. Porque quem não viu Jesus nesse Yanomami não o verá em nenhum outro lugar.”

 

Sobre essa trajédia, um dossiê produzido pelo The Intercept Brasil, em junho de 2022, procurando esclarecer a morte de Bruno Pereira, aponta o nome de todos os responsáveis por colocar a Funai contra os povos indígenas que deveria proteger. Eles fizeram com a cumplicidade de terceiros, justamente o que Bolsonaro havia prometido ainda em campanha em 2018 – dar “uma foiçada no pescoço da Funai”.

 

“Em 172 páginas, o dossiê joga luz nos bastidores e no planejamento da “Nova Funai”. “No jogo de distorção de conceitos, corriqueiro em toda gestão Bolsonaro, ‘dignidade da pessoa humana’ (ou autonomia) significa empurrar as terras e comunidades indígenas para a exploração econômica por terceiros; ‘pacificação de conflitos’ significa trabalhar a favor dos interesses de não indígenas; e ‘segurança jurídica’ significa desmontar por dentro o aparato de proteção dos direitos indígenas para possibilitar que isso tudo ocorra”, diz trecho do documento.”

 

Neste crime de genocídio contra os povos indígenas, além de Bolsonaro, não podemos esquecer que tivemos uma série de outros atores envolvidos. Quem nomeou no dia 3 de setembro de 2019, a advogada Silmara Veiga de Souza para ocupar a diretoria de proteção territorial da Fundação Nacional do Índio (Funai), área responsável pelos processos de demarcação de terras?

 

Quem era Silmara Veiga de Souza? Em 2018, mesmo sabendo que Silmara "advogou para clientes que contestaram o procedimento administrativo de identificação e delimitação da terra indígena Ka’aguy Hovy, localizada no município de Iguape, no litoral sul de São Paulo, Sergio Moro, então Ministro da Justiça, a nomeou."  Ou seja, Sergio Moro como Ministro da Justiça no governo Bolsonaro, colocou como se diz na gíria, uma “raposa” para tomar conta do galinheiro.

 

Mesmo sabendo que em 2014, o consultor legislativo Fernando Carlos Rocha havia produzido um estuado chamado “Amazônia – As Batalhas perdidas de uma guerra invisível”, no qual ele afirmava ser “evidente absurdo” atribuir à Funai a demarcação de terras indígenas, o ministro da Justiça, Sergio Moro, o nomeou como diretor de Administração e Gestão da Funai. Ou seja, como se fiz na gíria, colocou mais uma raposa para cuidar do galinheiro.

 

Em outubro de 2019, Sérgio Moro, exonera um dos guardiões da floresta e amigo dos índios, Bruno Pereira, que posteriormente, veio a ser morto numa emboscada, justamente por estar lutando em favor dos povos originários. Junto com Bruno, morreu também o jornalista britânico Dom Phillips... Ou seja, novamente Moro deliberadamente como ministro da Justiça, cometeu mais uma grande injustiça contra os povos originários...

 

Importante ressaltar que tudo está documentado sobre essa situação absurda que, se caracteriza crime de genocídio e, ainda ontem, mesmo vendo as imagens e a luta de todos os órgãos envolvidos para salvar esses indígenas, Bolsonaro lá de Orlando disse que: “isso é mais uma farsa da esquerda”.

 

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua esposa Janja e o Ministro da Justiça Flávio Dino, assim que souberam do fato, mesmo num final de semana, se deslocaram até Roraima para ver em loco essa situação absurda.

 

Documentos junto a Funai, mostran que o seu governo (Bolsonaro – PL) ignorou todas as denúncias sobre a situação crítica do povo Yanomami em Roraima. Profissionais de saúde denunciaram formalmente em 2021, várias situações graves que estavam ocorrendo com os indígenas na região. E não houve providências.

 

  

 
 

 

 

 
 
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