Foto - arquivo - No meu ponto de vista, acredito que em torno de 2% da população de São Miguel do Iguaçu, deve ter tomado conhecimento e ver por inteiro o conteúdo das mais de 100 páginas brilhantemente apresentadas pelo MPF, nesta DENÚNCIA (CRIME) – contra o ex-prefeito Claudiomiro da Costa Dutra e o seu vice, bem como, contra diversos outros funcionários do primeiro escalão do seu desgoverno.
Por que digo: “brilhantemente apresentadas. Tudo está tão esmiuçado nos seus mínimos detalhes com gráficos, relatos, provas robustas e incontestáveis de como se usava a máquina pública para desviar recursos da Saúde, um dos setores em que deveria se ter o maior cuidado, o maior zelo por toda e qualquer administração que tenha o mínimo de sentimento humano pela sua população.
Diante de fatos como estes, seria importantíssimo que os Diretores das Escolas, tanto particular como pública, envolvendo os alunos do Ensino Médio, levasse para sala de aula assuntos desta natureza para ser objeto de ampla discussão, e até mesmo, de um Concurso de Redação, dando-se em seguida generosos prêmios pela melhor dissertação que pudesse apontar mecanismo para se combater a corrução.
Levar para o seio social, essas informações, é não só combater a corrupção, mas também a violência, com conhecimento e discernimento. Não fazer isso, é repetir o gesto de Pilatos diante do pior crime que se cometeu até hoje na história da humanidade - "lavar as mãos".
O que mais me espanta, é que isso ocorreu em 2013, ou seja, lá se vão 11 anos e, depois desse caso que na época foi amplamente divulgado, principalmente pelo nosso Jornal, ocorreram dezenas de crimes de diversas matizes em praticamente tudo o que envolveu Dutra e o seu desgoverno. Tanto é, que a nossa cidade estava tão envolvida nesse lamaçal que estava permanentemente nas manchetes policiais com batidas rotineiras na madrugada.
Preso por um bom tempo, o ex-prefeito para recorrer em liberdade, teria que pagar uma fiança de R$ 1.000.000.000,00. Para sua sorte e para a desgraça da humanidade, veio a pandemia e, em 2011, por motivos humanitários, ele contou com a bondade de um Desembargador e, a exemplo de outros presos no país, foi liberado do pagamento desta fiança, podendo voltar ao convívio dos seus familiares.
Mas vejam o valor da fiança – “R$ 1.000.000.000,00”. Para ser fixado um valor como este, imagine em quantos crimes o ex-prefeito estava enrolado. E aqui, cabe uma pergunta: Como foi solto sem tornozeleira? Hoje, mesmo com os seus “direitos políticos” cassados legitimamente pelo Legislativo Municipal, ele está por aí, livre e leve, usando a sua retórica nada republicana na tentativa de enganar os incautos para tentar eleger alguém que possa, quem sabe, abrir as portas para voltar ao mundo do crime com verbas públicas.
Não estou colocando aqui o nome dos demais envolvidos nesta Denúncia Crime do MPF, por que muito antes de todas essas denúncias eclodirem em sua primeira gestão – em conversa com dois dos envolvidos – eles me diziam que estavam abandonando o barco. Um deles, inclusive, me disse: “Não consigo aceitar isso. Ganho bem, tenho um ótimo salário e não posso admitir que o meu chefe, entre no meu setor e deixa em cima da mesa um “pacote de dinheiro”, me dizendo: – “isso é para você passar o final de ano com a família”.
“Recusei a oferta e lhe disse: “não preciso disso, já recebi o meu salário e inclusive o décimo terceiro”. (voltamos a este assunto)
