Fotos - Divulgação/Internet - Para fechar o mês de fevereiro e dar um impulso no Carnaval, no salão oval da Casa Branca, o presidente Zelensky da Ucrânia, convidado pelo presidente Donald Trump para assinar um possível tratado de paz para encerrar o conflito com a Rússia, promoveram um espetáculo dantesco, onde a diplomacia deu lugar a uma baixaria até então, nunca vista no encontro entre dois Chefes de Estado. Reflexo dos tempos?
Instantaneamente, as imagens de intolerância, egoísmo e ódio, correram o mundo, nos mostrando ao vivo e a cores – que por nossa própria culpa e responsabilidade, a humanidade corre sério risco de desaparecer da face da Terra, tendo em vista que em torno dos envolvidos, existem para interromper conflitos os cogumelos devastadores das “ogivas nucleares”.
Como assim por nossa própria culpa? Sim! Quem escolhe os nossos governantes? Vejam que nessa discussão, mesmo envolvendo a devastação de um país inteiro, onde já foram ceifadas milhares de vidas e o deslocamento forçado de milhões de pessoas, essa discussão aconteceu sem um planejamento diplomático previamente elaborado. Para que serve a diplomacia?
Um encontro que deveria pôr um fim nesta carnificina tola e injustificada, selando a paz em torno da reconstrução de um país que abriga uma das terras mais férteis do mundo, literalmente destruído pela estupides humana, dois presidentes se encontram com seus “egos” inflados e preocupados, unicamente com os seus próprios umbigos – em marcar pontos diante das câmaras para que o resto do mundo pudessem ver. Por onde andava o Corpo Diplomático?
Como assim? Sim! Estamos falando de um Encontro, que se fosse conduzido por um corpo “diplomático” de alto nível, com todos os pontos de um possível acordo já previamente discutidos, estaríamos dando um salto quântico na história da humanidade.
Mas não foi isso que aconteceu. Todos ao entorno do presidente Trump, mesmo sabendo do seu temperamento explosivo e arrogante – anormal para um chefe de Estado, o deixaram sentar ao lado de Zelensky – para negociar um acordo para acabar com um conflito destas proporções, “falando alto” – lavando roupa suja na frente de um batalhão de repórteres com as suas câmaras ligadas.
O resultado não poderia ser outro - uma tragédia verbal promovida por um país que se considera o mais poderoso do mundo. O que isso nos mostra? Nos mostra o quanto devemos investir mais e mais em Educação, na busca do Conhecimento. É possível, nunca se sabe, que o que vimos possa ter sido previamente ensaiado para servir como parte de algum tipo de acordos já sacramentado.
Como assim? Sim! É possível que Trump e o seu vice JD Vance, possam ter armado tudo isso para queimar e descartar Zelensky. Como assim? Sim! Trump já demonstrou que a sua intenção é colocar a mão nas “terras nobres” da Ucrânia. Como já se aproximou e está dialogando com Putin, como dois velhos parceiros – por que não se livrar de Zelensky já, antes que ele leve para a Ucrânia um poderoso exército da EU, com quem já zelou acordo?
Como assim? Sim! Lado a lado, dois atores, representando o papel de uma civilização em queda livre, sem nenhum tipo de respeito e consideração pela vida das pessoas. Trump, falando em paz – mas com o pensando voltado para as “terras nobres” da Ucrânia; Zelensky, por sua vez, mesmo dizendo que queria acabar com o conflito, demonstrava com palavras e gestos um ódio descomunal por Putin, com quem deveria selar um acordo e parar a guerra. E o pior, escondendo do seu interlocutor (Trump) que por debaixo dos panos, já havia assinado um acordo com a EU, com suas “terras nobres” já comprometidas.
Talvez, esteja aí a razão para essa possível armação ao vivo e a cores. Trump, talvez, já tivesse acesso a essa informação e coube ao vice, com seu temperamento nada diplomático, abrir o caminho para uma retaliação em cima de Zelensky. Vejam que nesta troca de farpas, tanto JD Vance como Trump, praticamente não deixam Zelensky falar.
No mundo da diplomacia, Vance estava li para aparar arestas, como um bom bombeiro – mas, se comportou como um arruaceiro, jogando gasolina no fogo que deveria apagar. Com aquela tradicional carinha de quem diz: “sou vice, mas meu desejo é ser presidente, parecia estar segurando nas mãos uma “ogiva nuclear”, que mesmo sem detonar, Zelensky, já sentia o efeito da sua reação: “assina logo esse acordo ou vou jogar essa bomba no seu colo”.
Como assim? Sim! Estava ali para ser o bombeiro e não cumpriu com o seu papel. Acredito, que uma semana depois de tudo ter ocorrido, os três já devem ter visto que a palavra diplomacia, é “um instrumento de política externa e das relações internacionais criado com o fim de estabelecer e desenvolver contatos pacíficos entre os governos de diferentes Estados, pelo emprego de intermediários, mutuamente reconhecidos pelas respectivas partes”.
O que ficou de positivo? A abertura dos canais diplomáticos entre os EUA e a Rússia, duas potências mundiais que ao lado da China, podem reunificar o mundo em torno da Paz. Com urgência, urgentíssima deve haver um cessar fogo de pelo mínimo 60 dias. Nesse período, a Ucrânia respeitando a Democracia, deverá realizar uma nova eleição para dar legitimidade a Zelensky ou ao seu sucessor. Em seguida, um novo encontro que pode ser no Salão Oval da Casa Branca – mas, com todos os possíveis acordos previamente acordados. Isso é Diplomacia.