Fotos: Foto Arte: No último dia 28 de junho, tive a honra e a satisfação de participar do casamento da Divani e do Gilmar – meus amigos – realizada na Igreja Matiz de São Miguel do Iguaçu, celebrado pelo Pe. Pedro. Logo após, os convidados foram recepcionados no Salão de Festa do Sindicato Patronal.
Difícil descrever tudo o que envolve o ato em si nos seus mínimos detalhes. A postura, a energia que brilha no olhar das pessoas que estão ali abençoando, testemunhando, como se estivessem repedindo o que estava em destaque no Convite: “A vida é um presente de Deus e o casamento é o início de uma nova vida.”
Realmente - a subida ao altar, a colocação das alianças, as considerações do Sacerdote, a música de boas-vindas, o fotógrafo em busca dos melhores ângulos para registrar o evento, a pureza e a delicadeza das crianças entregando as alianças aos noivos – acredito que é, ou deveria ser, os momentos mais importantes na vida entre um homem e uma mulher que estão selando o compromisso de uma vida a dois.
Muito mais do que uma cerimônia religiosa – um ato de Fé e Reflexão que deveria ser repetido todos os dias dentro do Lar, como agradecimento diário por essa infinita graça recebida.
Me lembro que um dia antes, visitando o Joaquim, meu neto, que tinha sido convidado para entregar as alianças aos noivos eu lhe perguntei: “E daí cara! Está preparado para a cerimônia de casamento dos teus amigos amanhã?” Com uma sinceridade abrasadora, na altura dos seus sete aninhos me respondeu: “Não sei se estou preparado pra isto.”
Como se dissesse por inspiração Divina: “O casamento em si, envolve amor-próprio”. Sim! “Esse amor que temos por nós próprios é a medida do amor que podemos ter por nossos próximos; quanto mais você se amar, maior será o amor disponível para o seu semelhante. O jogo de palavras que envolve, polemicamente, o entendimento do que está sendo dito é muito maior do que se supõe. Entendemos que não podemos amar o próximo menos do que a nós próprios e que, o essencial é que, ativamente, façamos a ele o que desejamos que façam a nós e, em hipótese alguma, façamos a ele o que não desejamos que façam a nós”.
Diria que em síntese, é o que disse o Pe. Pedro nesta celebração, lembrando que: “o casamento na igreja não é apenas considerado um contrato civil, mas uma união espiritual. É considerado um sacramento, um sinal sensível e eficaz da graça de Deus, instituído por Cristo. Ele representa um compromisso sagrado entre um homem, uma mulher e Deus, buscando estabelecer uma comunidade íntima de vida e amor, conforme definido pelo Criador.”
Sobre a importância do casamento, sobre a importância do Lar, ressalto a força e o poder que as mulheres tem na convivência diária dentro do Lar para a Paz no Mundo, dizendo que concordo em grau, número e gênero com as palavras do poeta e escritor espiritualista, Francisco Adua Esposito, quando nos diz: “que vê a mulher não como um pedaço do homem, uma costela, mas sim, como um ser extremamente especial sem o qual há pouca razão de existir”.
Segue afirmando que “A mulher foi escolhida para ser portadora do título de mãe: ser mãe significa ser geração, ser geradora, transmitir vida, transformar gerações, culturas, filhos, netos...”
“Ser mulher significa o belo, a delicadeza, a sutileza, a finesse, o fascínio, o encanto, o adorno...”
“Ser mulher significa doçura, tempero, afeto, carinho, perdão e amor. Ah! ... O Amor...”
E continua: “Aqui, nesta existência, a mulher é portadora da energia reluzente do amor. Basta olharmos para nossas mães e veremos exemplos de um dos mais profundos tipos de amor que existe na face da terra.”
“Devemos aprender dessas fontes inesgotáveis: muitas concessões, poucas exigências, pouco egoísmo, doação. Amor...”
“Que seria do mundo sem as flores, sem a beleza do resplendor das estrelas, sem o mistério do infinito universo contrastando com o fulgor dos raios acalorados do sol e suas alvoradas espectrais e seus entardeceres metamórficos? Tudo isso é dádiva do Criador, da maravilha do viver.”
“Mas tudo isso é nada... Sem a mulher.”
“Abençoai, Senhor, eternamente a mulher para que também o homem possa crescer e ser metade de vossa gloriosa obra.”
“Que assim seja!!!!!!!”
O escritor francês Jacques Salomé, sintetiza com primazia isso nesse pensamento: “o amor exige muita humildade para respeitar em si e no outro a presença de uma criança que grita, chama, reclama segurança, confiança e aceitação incondicional”.
É claro que estamos falando de sentimentos sinceros e verdadeiros, estamos falando de amor. O simples fato de colocar a mão no ombro e perguntar: O que houve, é como se estivesse perguntando: “o que posso fazer por você?”; “me preocupo e quero vê-lo feliz – a tua felicidade também me deixa feliz”.
É imperioso saber viver a vida conjugal. Ao invés de estarmos focando as consequências, precisamos com urgência, urgentíssima voltarmos os nossos olhos para a origem dessa violência avassaladora. Urge compreender a necessidade de tolerar os defeitos do cônjuge, porque ninguém é perfeito.
A senda da “convivência conjugal” harmoniosa, criativa e prazerosa é o Amor. “O Templo Sagrado onde o casal prestou juramento para viver uma vida em comunhão se acha no coração e não devemos profaná-lo, pecando contra o Amor.”
É claro que, ao mencionarmos essa força e poder que as mulheres tem, não estamos querendo menosprezar a força e o poder que os homens de verdade também possuem nesse grau ou até mais. A esse respeito, o grande humanista Victor Hugo, afirma textualmente com uma beleza esplendorosa:
“O homem é a mais elevada das criaturas. A mulher é o mais sublime dos ideais.

O homem é o cérebro. A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz, o coração produz o amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão. A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos. A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
O homem é um código; a mulher é um evangelho.
O homem é um templo; a mulher é um sacrário.
Ante o templo nos descobrimos; ante o sacrário nos ajoelhamos.

O homem pensa. A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva. Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano. A mulher é um lago.
O oceano possui a pérola que adorna; o lago, a poesia que deslumbra.
O homem é o gênio que voa. A mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço. Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a Terra e a mulher onde começa o Céu”.

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