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Ferrovia Bioceânica: Brasil e China avançam em acordo histórico para ligar Atlântico e Pacífico
  Data/Hora: 8.jul.2025 - 14h 3 - Categoria: Brasil  
 
 
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Por  Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil – 20

 

O Brasil e a China firmaram um memorando de entendimento para iniciar estudos sobre a criação de um corredor ferroviário que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico. Este projeto ambicioso visa integrar as ferrovias brasileiras Fiol, Fico e Norte-Sul ao recém-inaugurado porto de Chancay, no Peru. O acordo foi assinado nesta segunda-feira, 7 de julho de 2025, no Ministério dos Transportes, em Brasília.

 

Os estudos serão conduzidos em parceria pela Infra S.A., estatal brasileira ligada ao Ministério dos Transportes, e o China Railway Economic and Planning Research Institute. A iniciativa faz parte do projeto Rotas de Integração Sul-Americana, liderado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, que busca priorizar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para conectar diferentes modais de transporte em áreas de fronteira.

 

A Extensão da Ferrovia Bioceânica no Brasil

A ferrovia bioceânica já possui trechos em execução no Brasil. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) vai de Ilhéus, na Bahia, a Mara Rosa, em Goiás. A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) parte de Mara Rosa e se estende até Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. Lucas do Rio Verde será o entroncamento dessas duas ferrovias com a Ferrovia Norte-Sul (FNS), que liga Açailândia, no Maranhão, a Estrela d’Oeste, em São Paulo.

 

De Lucas do Rio Verde, a Ferrovia Bioceânica se estenderá pela fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, atravessando Rondônia e o sul do Acre, na fronteira com o Peru. O destino final será o porto de Chancay, no Peru, construído por investidores chineses e inaugurado há apenas três meses, distante cerca de 70 quilômetros da capital, Lima.

 

Fortalecendo as Rotas de Integração

O memorando permitirá que a estatal chinesa aprofunde estudos sobre a malha ferroviária brasileira. A análise considerará a multimodalidade do sistema de transportes do Brasil, unificando rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, além de aproveitar as obras e projetos já existentes no país. Atualmente, rodovias federais brasileiras e peruanas, como a BR-364, BR-317 e Irsa Sur, já promovem a integração até Chancay.

 

A concepção da ferrovia bioceânica foi desenvolvida em conjunto pelos Ministérios do Planejamento, Casa Civil e Transportes, com amplo debate e apoio de autoridades governamentais e do Congresso peruano. Este projeto é um dos quatro eixos estratégicos definidos entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, durante a assinatura do acordo Brasil-China em novembro de 2024. O pacto também inclui o Novo PAC, a Nova Indústria Brasil e o Plano de Transformação Ecológica.

 

Em abril de 2025, uma comitiva do China Railway Economic and Planning Research Institute visitou o Brasil, conversando com representantes da Casa Civil, do Ministério dos Transportes e do Ministério do Planejamento e Orçamento. Em maio, durante a visita do presidente Lula a Pequim, o projeto Rotas foi novamente destacado em declarações presidenciais.

 

Impacto da Ferrovia no Brics

A assinatura do acordo ocorreu próximo ao encerramento da Reunião de Líderes do Brics, realizada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. A declaração conjunta do Brics, emitida no domingo, 6 de julho, reafirmou o compromisso do grupo em ampliar a infraestrutura de transportes entre os países em desenvolvimento.

 

O documento destacou a importância de promover o diálogo sobre transportes para atender às demandas das partes interessadas e aprimorar o potencial de transporte dos países do Brics. A integração entre as estruturas de transporte visa impulsionar o desenvolvimento econômico, a conectividade e a sustentabilidade ambiental, respeitando a soberania e integridade territorial dos estados-membros.

 
 

 

 

 
 
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