Foto de capa: Rádio Jornal - Para as pessoas que mais precisam de ajuda governamental para que possam ter uma vida mais digna, morando em sua casa própria com mais conforto e dignidade, o dia 02 de setembro, passa a ser um dia histórico para São Miguel do Iguaçu.
Em evento realizado no Salão Nobre do Paço Municipal Abel Bez Batti, o Governo Municipal de São Miguel do Iguaçu formalizou a contratação de dois empreendimentos habitacionais que juntos somam investimentos de mais de R$ 14,4 milhões. Os projetos contemplam a área urbana e também a comunidade indígena Avá-Guarani Tekoha Ocoy.
Entre os presentes no ato desta assinatura, representantes da administração municipal, Caixa Econômica Federal, IDESS (Instituto de Desenvolvimento Econômico Setorial Sustentável), vereadores, lideranças locais e as famílias envolvidas da comunidade e da aldeia Avá Guarani.
No Residencial Terra Indígena Ocoy, serão construídas 23 casas de alvenaria com 51,24 m² cada, contendo sala, dois dormitórios, banheiro, cozinha, área de serviço e varanda. O investimento é de R$ 2,6 milhões, com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida – Rural, repasses da Cohapar e contrapartida do município.
Já no Residencial Caminho das Águas, localizado no prolongamento da Rua Joaquim Manoel Scheffer, está prevista nesta primeira etapa a construção de 50 apartamentos de 47,74 m² cada, com sala de estar e jantar integradas, cozinha, lavanderia, banheiro, varanda com churrasqueira e dois quartos. O empreendimento terá ainda biblioteca, salão de festas, brinquedoteca, central de energia, guarita e bicicletário. O investimento é de R$ 11,8 milhões, sendo R$ 7,5 milhões do programa “Minha Casa, Minha Vida” e R$ 4,3 milhões de contrapartida do município, que cedeu o terreno e fará a pavimentação asfáltica.
O prefeito Boaventura Motta afirmou que a gestão tem buscado atender às necessidades da comunidade com projetos que garantam mais dignidade às famílias. Enaltecendo o trabalho desenvolvido pelas Secretarias de Planejamento e de Assistência Social, emocionado disse: “Eu cobro todos os dias do Luciano. Eu passei por lá e vi como vivem essas famílias. O dia mais feliz da minha vida vai ser quando eu conseguir entregar não só esses empreendimentos que estamos assinando hoje – mas também o total de 750 novas residências que queremos entregar até o final do nosso mandato”, pontificou o prefeito, sendo vivamente aplaudido pelo público presente.
O vice-prefeito Claudio Rodrigues, por sua vez, destacou que o primeiro passo foi regularizar as entidades para que o município pudesse acessar os recursos federais e estaduais destinados à habitação. “Esse trabalho iniciou na gestão passada com a organização das entidades para que pudessem buscar os recursos necessários junto ao governo federal, através da Caixa Econômica, para moradias”, ressaltando que a Prefeitura entra com o terreno e através da Secretaria de Assuntos Comunitários acompanha toda a obra e classifica quem serão os possíveis moradores. “Esse é o nosso governo. Não somos de prometer – mas sim, de fazer. Tenham certeza que até o final do nosso mandato muita coisa boa ainda vai acontecer”.
Em entrevista concedida à Rádio Jornal, o cacique Luiz Mbaraku, lembrou que a construção dessas casas significa mais dignidade para as famílias da aldeia. “No momento são 23 casas e esperamos que essa parceria continue e mais pra frente possa contemplar toda a comunidade”. Segundo Luciano Neris, secretário de Planejamento, o déficit habitacional da comunidade indígena é de cerca de 50 residências. “Vamos procurar suprir essa deficiência na segunda etapa. A intenção do prefeito Motta é levar dignidade, qualidade de vida a todas as famílias”, convidando a todos para que visitem a comunidade indígena para ver como estão vivendo atualmente e possam fazer o comparativo com o antes e o depois.
Em sinal de agradecimento pelos investimentos que estão recebendo, os Avá guarani com os seus músicos e a sua habitual simplicidade, abrilhantaram essa cerimônia com música e dança - que para eles são as manifestações culturais essenciais para a prática, a preservação e o fortalecimento da tradição e dos laços ancestrais dos povos guaranis. A dança masculina pede proteção e inspiração, enquanto que, a dança feminina representa alegria, liberdade e a ligação da alma feminina com o universo.